As centrais sindicais aumentaram a pressão pela redução da jornada de trabalho. Ontem, representantes das entidades dos trabalhadores se reuniram com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para cobrar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que diminui a jornada semanal de 44 para 40 horas. Após ouvir os argumentos dos sindicalistas, Temer se reuniu também com representantes empresariais.
Enquanto do lado sindical o presidente da Câmera ouviu argumentos favoráveis à redução – como a criação de novos empregos -, de outro os empresários se mostraram contrários à medida, mesmo sabendo que a ideia vem encontrando apoio entre os parlamentares. Conforme afirmações do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), os deputados não querem sofrer desgaste político com o eleitorado em ano de eleições.
Após ouvir todos os argumentos, Temer propôs a redução da jornada para 42 horas semanais em um período de dois anos, o que, na realidade, não agrada nem aos sindicalistas nem ao empresariado. Entretanto, o movimento sindical diz aceitar a diminuição gradativa da jornada desde que ela chegue às 40 horas.