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Pesquisa faz um panorama do setor de teleatendimento

As empresas de teleatendimento estão entre as que mais têm oferecido vagas de emprego no País. Atualmente, cerca de 800 mil trabalhadores estão no setor, sendo a maioria mulheres (77%) do eixo Rio-São Paulo, cidades que abrigam 75% dessas empresas. 

A área é um importante início de carreira para milhares de jovens. As exigências para exercer a profissão são ensino médio completo, noções de informática e boa comunicação. Com jornada de trabalho de seis horas, os profissionais conseguem conciliar trabalho e estudo. O salário varia entre R$ 500 e R$ 800, podendo atingir R$ 1.500 no caso de operadores bilíngues.

Há dois tipos de trabalho na área. O operador ativo que, em nome da empresa, origina a ligação para o cliente afim de, por exemplo, vender um serviço e o operador receptivo que atende os consumidores quando estes ligam para a empresa solicitando novos serviços, cancelamentos, ou fazendo reclamações. Especialistas em Recursos Humanos alertam que essa função exige bastante paciência e facilidade para lidar com pressões. Em ambos os tipos de serviço, os admitidos passam por treinamento de até um mês antes do início efetivo da função.

Regulamentação
A profissão não é regulamentada, mas a Norma Regulamentadora nº 17, do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece as condições para o exercício da profissão. São elas:

- Carga horária de, no máximo, 6 horas diárias; pausas de dois períodos de 10 minutos; intervalo para repouso e alimentação de 20 minutos; mobília que permita variações posturais; condições acústicas adequadas à comunicação telefônica e pausas imediatamente após atendimento desgastante.

Problemas
As pressões sofridas por esses trabalhadores podem comprometer a emoção, a sociabilidade e causar impactos psicológicos. As atividades repetitivas e a constante busca para alcançar metas, por exemplo, além do medo de perder o emprego, deixam o operador em posição incômoda entre a empresa e o cliente.

O Sintetel se preocupa com as condições de trabalho e os consequentes problemas de saúde de quem atua no setor e pretende desenvolver ações para melhor esse quadro.

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