A Tim, demonstrando total falta de respeito e consideração com o seu quadro de trabalhadores, apresentou uma proposta ridícula na 3ª reunião realizada com os sindicatos filiados à Fenattel, sendo esta prontamente recusada na mesa de negociação. A empresa, que demonstra uma total falta de criatividade e subestima a inteligência dos trabalhadores, deu as mesmas desculpas que são usadas todos os anos, como a alegação de que pode ser vendida, resultados financeiros ruins, reestruturação, perda de mercado, entre outras.
O Sintetel não entende como uma empresa com 39,6 milhões de clientes e uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões fala em sobrevida e falta de recursos. O pior é que a empresa ainda recorre a dinheiro público via BNDES para precarizar as condições de trabalho, terceirizando atividades, fechando lojas próprias e sobrecarregando os trabalhadores em função de demissões desordenadas.
Outro questionamento feito pela bancada dos trabalhadores é a contradição dos discursos apresentados pela empresa. Para os trabalhadores, a Tim diz que é a melhor empresa e obtém os melhores resultados. Para os sindicatos, a Tim diz que está no atoleiro, que a participação no mercado caiu em relação aos concorrentes e que o cenário para 2010 será pior que 2009.
Se a Tim sempre fala de mercado, por que ela não paga os salários, benefícios e PLR do mercado? A Tim paga os menores salários entre as operadoras de celular, não reconhecendo, assim, o suor derramado pelos seus trabalhadores.
Confira a proposta recusada:
• PPR: 0,5 salário pago em jan/10 (exceção para diretores, gerentes e coordenadores);
• Data-Base: 3% em julho de 2010 sobre salários até R$ 4.000,00, e acima disso parcela fixa de R$ 120,00 (exceção para diretores, gerentes e coordenadores);
• Abono compensatório referente a 7 meses da não aplicação na data-base;
• Benefícios reajustáveis em 3% em janeiro de 2010 (alimentação, auxílio creche, auxílio excepcional, auxílio funeral).
A próxima reunião será no dia 1º de dezembro de 2009.