Durante as assembleias realizadas na última terça-feira, dia 17, cerca de 1.800 trabalhadores da Tivit decidiram cruzar os braços a partir do dia 23 de novembro. Durante todo o processo, a empresa tentou impedir a ação sindical ao coagir os seus funcionários na tentativa de desorganizar a categoria. De acordo com a legislação, esse tipo de atitude é crime.
Além de não cumprir a Convenção Coletiva, a Tivit desrespeita a Convenção 187 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) ao tentar impedir o Sindicato de organizar os trabalhadores. O Ministério Público e o Ministério do Trabalho já estão atentos em relação ao comportamento da empresa. O Sintetel também já formalizou denúncia na OIT (Organização Internacional do Trabalho) e na UNI (Rede Sindical Mundial).
A Convenção do Sintetel é muito mais vantajosa para o trabalhador do que a proposta apresentada pela Tivit. Destacam-se na Convenção Coletiva do Sintetel, por exemplo, o piso de R$ 510, o abono de R$ 240 e a jornada de trabalho de seis horas para teleoperadores. Nestes mesmos pontos, a Tivit quer pagar um piso de R$ 494, nenhum centavo de abono e praticar jornada de oito horas para os teleatendentes.
O Sintetel quer ainda saber da empresa:
• Por que em outros estados do Brasil a Tivit negocia com o Sinttéis que são os sindicatos dos trabalhadores em Telecomunicações e aqui em São Paulo ela se nega negociar com o Sintetel?
• A Tivit assina acordo com o Sintetel em Mogi das Cruzes desde 2005. Por que agora ela tenta jogar contra tudo isso?
• E em Jundiaí, qual é a alegação da Tivit? Por que ela não negocia com o Sintetel?
A empresa não responde a estas perguntas porque a sua prática recorrente é a de levar vantagem em prejuízo aos trabalhadores.
Greve vitoriosa em São José dos Campos
Em São José, os trabalhadores se uniram ao Sintetel, fizeram greve e já estão com o abono de R$ 240,00 no bolso.