Com a crise financeira mundial, chegam a 24 os acordos de redução de jornada de trabalho com redução de salários somente na capital paulista. O último a aderir à tendência foi o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que abrange quase 4 mil trabalhadores. No Estado de São Paulo, os acordos atingem 40,6 mil pessoas, de 66 empresas.
Somam-se a isso dois acordos de suspensão temporária dos contratos de trabalho. A tônica dos acordos estabelecidos tem sido a redução da jornada em 20% por três meses. Em troca, a empresa garante a estabilidade do trabalhador por mais dois ou três meses após o período de redução na jornada.
Sem poder ignorar o cenário atual, o governo federal estuda formas de facilitar acordos de redução de jornada e salário, além de considerar a idéia de reduzir tributos sobre a folha de pessoal das empresas e exigir como contrapartida a manutenção dos empregos. O plano começou a ser discutido na terça-feira, dia 10. O governo estuda ainda permitir saques de parte do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para complementar a renda perdida pelo trabalhador.
De acordo com previsões do próprio governo, o desemprego não deve superar as 654 mil vagas fechadas em dezembro do ano passado. As propostas ainda serão avaliadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.