O governo Lula anunciou recentemente a ampliação do prazo do seguro-desemprego de cinco para sete meses às categorias mais atingidas pela crise financeira mundial. O ministro do trabalho, Carlos Lupi (PDT), disse que uma nova ampliação, de sete para dez meses, pode ocorrer caso haja agravamento da crise.
Motivo de comemoração para uns, a notícia gerou protestos por outros. O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, criticou o governo por restringir a expansão das parcelas do seguro-desemprego apenas às categorias mais prejudicadas pela crise. Os setores serão definidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Por meio de nota oficial, a CTB declarou considerar inaceitável a intenção de restringir a ampliação do seguro para as categorias que estão sendo relativamente mais afetadas pela recessão da economia norte-americana. Wagner Gomes afirmou ainda que, a exemplo das demais centrais sindicais, defende a ampliação do seguro-desemprego para 10 meses a todas as categorias de trabalhadores, sem nenhum tipo de exclusão ou discriminação.