Bancada sindical (à direita) expõe as reivindicações dos trabalhadores
A Campanha Salarial deste ano, as empresas prestadoras de serviço estão apostando no quanto pior, melhor. Em mais uma reunião com o Sintetel, em 25 de junho, elas seguem na intenção de inverter o processo de negociação: ao invés de tratar das reivindicações dos trabalhadores apresentadas pelo Sindicato, querem impor suas próprias condições.
É uma atitude patronal totalmente descabida e fora dos padrões normais de negociação. A categoria repudia este tipo de comportamento.
MALDADES!
E na listinha das empresas, o que não falta é maldade, a começar pelo ZERO de reajuste nos salários, mesmo em um cenário com baixa inflação (o INPC do período ficou em 1,56%).
Elas propõem aplicar 1% NO VR E nos OUTROS benefícios somente a partir de setembro e ainda querem aumentar substancialmente os custos do trabalhador no plano de saúde. Sem chance!
Outra grande preocupação é a intenção das empresas em utilizar de pontos da reforma trabalhista que podem impactar tanto na remuneração como na qualidade de vida dos trabalhadores. Também querem negociar esses pontos diretamente com os trabalhadores.
São eles:
• Ponto Eletrônico
• Escala de trabalho
• Banco de horas
• Mudança do dia de feriado
Essa reforma precariza e destrói os direitos e conquistas dos trabalhadores. O Sintetel não aceita! Somos contra as mudanças trabalhistas que criaram inseguranças política, social, econômica e jurídica.
Se a lei é ruim, a luta desfaz a lei.
Chega de desculpas!
Para justificarem o congelamento nos salários e as mudanças, as empresas alegam que as operadoras ameaçam reduzir os preços de contratos já assinados. O mais estranho de tudo é que nada disso é comprovado.
TODO ANO É A MESMA DESCULPA! QUEREM LUCRAR MAIS NAS COSTAS DO TRABALHADOR?
É INACEITÁVEL!
Nossa contraproposta feita na mesa de negociação foi a seguinte:
- Reajuste salarial: INPC mais 3% de ganho real e linear
- VR e demais benefícios: reajuste de 5%
- Manutenção das demais cláusulas da CCT 2017/2018
- Todos os reajustes devem ser aplicados na data-base.
Em caso de mudança da data base para 1º de setembro, reivindicamos um abono indenizatório. A mudança data-base seria importante, pois é a mesma data-base das operadoras. Dessa forma, nossa mobilização seria maior.
NENHUM DIREITO A MENOS!
Com o objetivo de proteger os trabalhadores da reforma trabalhista, cobramos das empresas que o “negociado sobre o legislado” não exclua, diminua ou precarize qualquer garantia ou direito da categoria.
Uma nova reunião está prevista para o final da primeira quinzena de julho.
Companheiros e companheiras, a demora nas negociações (mais de três meses após a data-base, que é 1º de abril) se deve exclusivamente às empresas, pois elas não se entendem e acabam enrolando as negociações.