As empresas de teleatendimento cancelaram a negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ajuste do piso salarial marcada para 13 de março e remarcaram para o dia 18 de abril. Isso é inaceitável!
O que elas querem? Instigar o clima de insatisfação já existente entre os trabalhadores do segmento? Ninguém aguenta mais essa novela.
Desde o início das negociações da PLR/2017 e do ajuste do piso salarial abaixo do mínimo vigente, as empresas agem com descaso. Elas não resolvem duas obrigações legais, pois constam na Convenção Coletiva que tem força de Lei.
O presidente do Sintetel, Almir Munhoz, encaminhou uma notificação extrajudicial ao Sinstal/Sitesp (sindicatos que representam as empresas envolvidas) cobrando o cumprimento dos itens da CCT.
Vale lembrar que na Convenção consta:
Cláusula 11ª – Programa de Participação nos Lucros e Resultados:
As empresas iniciarão a negociação da PLR/PPR de 2017 com o Sintetel em até 60 dias após a assinatura da presente Convenção Coletiva de Trabalho, assegurando-se, desde já, o percentual de 100% do piso salarial estabelecido (...), mediante ao cumprimento de metas e objetivos previamente definidos em negociação entre a empresa e o sindicato.
Cláusula 75ª – Compromissos negociais:
As empresas se comprometem a compensar eventuais diferenças salariais, caso ocorram, a partir de janeiro de 2018, em razão da fixação de novo salário mínimo nacional. Nestes termos, comprometem-se , ainda, a negociar com o Sintetel, a partir de janeiro de 2018, a forma das referidas compensações (...).
Estas são as cláusulas nas quais as empresas assumem o compromisso legal de tratar dos temas em questão. Está mais do que claro a disposição delas de NÃO CUMPRIR o que foi acordado.
Já estamos no terceiro mês de 2018 e não foi apresentada nenhuma proposta decente para a PLR/2017. Não bastasse isso, agora querem estender ainda mais essa negociação. O tempo está passando e , na verdade, já deveríamos tratar da PLR deste ano.
No documento entregue pelo presidente do Sintetel, reforçamos para as empresas que, caso os temas não sejam resolvidos o quanto antes, tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis.
Estão envolvidas nesta negociação, que ocorre em nível nacional, todas as empresas de teleatendimento que ainda não pagaram a PLR. São elas: Atento, AlmaViva, Liq/Contax, Teleperformance, Concentrix, A&C, entre outras.
Trabalhador(a), fique junto ao Sindicato para conseguirmos virar esse jogo!
E O REAJUSTE ?
Vale lembrar que a data-base das empresas de teleatendimento mudou de 1º de janeiro para 1º de julho. Por esse motivo, as negociações salariais devem ocorrer no meio do ano. Acompanhe as informações pelo site do Sintetel.