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Hora de lutar: projeto de reforma trabalhista esconde retirada de direitos

A Câmara dos Deputados aprovou a reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer. O projeto está sob análise dos senadores, que agora deverão votar a favor ou contra a retirada de direitos e de garantias dos trabalhadores. 

O projeto em teoria deveria modernizar a legislação trabalhista brasileira. Com esse argumento e com poucos avanços reais, a reforma esconde uma série de perdas aos trabalhadores do país. 

Olha só o que está em jogo:

O “negociado sobre o legislado”, que é a base da reforma trabalhista, destruirá a CLT. O objetivo não é fortalecer os sindicatos, mas sim torná-los mais fracos. Como? Por meio da retirada das fontes de financiamento das entidades. Após deixar os sindicatos com menor poder de ação e desprotegidos sem a segurança da CLT, as empresas terão mais facilidade em retirar direitos e precarizar remunerações.

Quer entender melhor? Vamos aos exemplos:

• Você poderá ser obrigado a almoçar em 30 minutos. 

• A empresa poderá reduzir o seu salário de um dia para o outro.

• Seu chefe parcelará suas férias em 3 períodos a escolha dele.

• Você ficará à disposição da empresa durante o dia e só receberá pelas horas trabalhadas.

• Sua jornada será de até 12 horas diárias.

• A equiparação salarial deixará de existir. Com isso, você poderá ganhar metade do que os seus colegas que fazem a mesma função.

• Gestantes trabalharão em condições perigosas (o que hoje não pode).

• A empresa contratante não será mais corresponsável pelas ilegalidades cometida por suas  terceirizadas.

• Você será demitido recebendo metade da multa e do aviso prévio, sem direito ao seguro desemprego.

• Foi demitido e quer recorrer à Justiça por alguma pendência da empresa? Cuidado! Você poderá ter que pagar todas as custas do processo. E, se em poucos anos seu caso não for julgado, ele será encerrado. 

• Todos os anos, você será obrigado a assinar um documento no qual você afirma que a empresa não te deve nada. Ou seja, nem adianta procurar a Justiça depois.

É hora de pensar em nosso futuro e das próximas gerações. 

Vamos lutar e dizer um grande NÃO à destruição dos nossos direitos!