O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta (11), para decidir sobre a taxa básica de juros (Selic) que vai vigorar nos próximos 45 dias. Atualmente, a taxa está fixada em 13,75% ao ano.
Nas duas últimas decisões, ainda no ano passado, o comitê cortou os juros em 0,25 ponto percentual, frustrando o sindicalismo e dirigentes do setor produtivo, que cobram a redução dos juros de forma mais acentuada, e não da forma gradual adotada até aqui pelo Copom.
Essa é a posição de algumas importantes lideranças sindicais. \"É sempre bom quando há uma redução na taxa de juros porque anima o mercado. Mas o ideal é que essa redução fique entre 0,75 e 1 ponto percentual\", diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna).
O presidente da Nova Central no Estado de São Paulo, Luiz Gonçalves, vai além. Ele defende que o desejável é que a taxa Selic caísse rapidamente para um dígito. \"Hoje a taxa está em 13,75%, mas o ideal, para o trabalhador e para a economia, é que ela caísse quatro pontos ou mais. Se chegar a 9% as coisas tendem a melhorar", afirma Luizinho.
Almir Munhoz, presidente do Sintetel, também vai na mesma linha de opinião. \"A redução da taxa Selic é imprescindível para reaquecer a economia e isso tem que ser feito logo, pois os resultados virão a médio prazo", destaca.