O Sintetel fez um levantamento com os trabalhadores da Rede Externa da Vivo em todo o estado de São Paulo. Neste processo, constatamos a existência de diversos problemas graves.
Com o intuito de colocar um ponto final em todos esses casos, o Sintetel se reuniu com representantes da empresa, em 13 de outubro. Após receber a longa lista de problemas, a empresa pediu o prazo de 15 dias para analisá-los e resolvê-los. Então, vamos aguardar até 28 de outubro.
Abaixo estão os problemas levantados para que todos tenham conhecimento. Se existir outros casos que não estão aqui relacionados, entre em contato com o Sintetel da sua região.
REMUNERAÇÕES
• Assistente Técnico: Novos trabalhadores são contratados com salários superiores aos que já possuem 5 anos de empresa. Com diferença superior a 15%.
• Supervisores: Alguns recebem menos do que os instaladores e reparadores.
• Supervisores de Manutenção: Fazem atividades na área de risco, mas não recebem 30% de periculosidade e nem o PIV.
• Coordenadores e ADM: reclamam que existem diferenças salariais no mesmo cargo.
• Auxiliares técnicos: Foram realocados para atividade interna e não tiveram os salários readequados.
• Auxiliares: Realizam serviço de instalador, mas não recebem por isso, nem mesmo o PIV do serviço efetuado.
• Instaladores: Fazem serviço de reparador, mas não recebem por isso, nem mesmo o PIV do serviço efetuado.
• O cargo registrado na carteira de trabalho não condiz com o cargo executado.
*Reivindicamos a aplicação do piso MultiSkill para todos os trabalhadores de rede externa que executam 3 serviços.
JORNADA DE TRABALHO
• Trabalhadores reivindicam a jornada de segunda a sexta-feira para que todos possam ter tempo com a família, inclusive os trabalhadores dos DG’s.
• Técnicos de Fibra são forçados a mudar a jornada para de segunda a sábado.
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE TRABALHO
• Cintos e capacetes VENCIDOS e escadas QUEBRADAS.
• Faltam materiais e ferramentas para trabalhar (escadas e niveladores de escada, por exemplo). Os trabalhadores de Fibra muitas vezes revezam as ferramentas, pois não têm para todos.
COMBUSTÍVEL E AUX. CONDUTOR
• Alguns trabalhadores colocam combustível do próprio bolso porque, após a solicitação, a nova cota demora até dois dias para aprovação.
• Em alguns locais, a empresa trocou o carro para o Uno Vivace, modelo que gasta mais combustível e torna a cota fornecida insuficiente.
• O auxílio condutor não é pago no mês correto.
PIV
• Colchão: Há trabalhadores recebendo o PIV Colchão há quase um ano incorretamente. Também há recém-contratados que não recebem o benefício.
• Mudança de pontuação: Quase todos os meses as metas são alteradas, dificultando o atingimento. Pontuação com paridade financeira.
• Ponto adicional de TV: Não há pagamento por todos os pontos extras instalados no mesmo endereço.
• Garantia de pagamento de PIV: Para um grupo de trabalhadores foi prometido que os instaladores receberiam 80% de PIV nos últimos dois meses. Mas isso não ocorreu. Foi pago um valor muito menor. Cobramos o pagamento da diferença.
• Relatório mensal: Não é fornecido aos trabalhadores.
• Repetida: Mesmo quando o problema é relacionado ao cliente, o PIV é descontado.
HORAS EXTRAS E HORÁRIO DE TRABALHO
• As horas extras são obrigatórias em quase todas as folgas. Quem não concorda é perseguido e ameaçado de demissão.
• Não existe Banco de Horas, mas tem gestor que pratica ilegalmente.
• Atraso, erro de valores ou não pagamento das horas extras.
• Em algumas áreas, trabalhadores são forçados a mudarem o horário de entrada para às 12h.
• Estão obrigando o atendimento a clientes em horário noturno, o que pode propiciar acidentes.
E TEM MAIS...
Além desses pontos, tratamos também de vários casos de assédio moral e atitudes antissindicais por parte de supervisores, coordenadores e gestores.
Trabalhadores dizem que não recebem a folha de ponto e que tiveram as férias canceladas. Além disso, nem todos podem usufruir do horário de almoço de 1h30.
AGUARDAMOS O A RESPOSTA DA EMPRESA
ATÉ 28/10/2016