Menos de 24 horas da posse do presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anuncia que vai propor a implantação de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria tanto para homens como para mulheres. A proposta de reforma da Previdência Social, segundo Padilha, já está pronta e caberá a Temer decidir quando enviar para o Congresso Nacional.
Essa decisão é uma demonstração de total desprezo do atual Governo pela classe trabalhadora e uma violência contra a mulher, que já exerce tripla jornada, como mãe, mulher e trabalhadora.
Além disso, provam as estatísticas que a mulher é primeira vítima de todo tipo de discriminação e violência e agora está sendo jogada na vala comum pelo Governo.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e seus 1.310 sindicatos filiados, entre os quais o SINTETEL, representando 10 milhões de trabalhadores, têm como bandeira de luta a ampliação dos direitos dos trabalhadores e jamais vai admitir a retirada daquilo que foi conquistado com muita luta.
Sabemos que essa é a ponta do iceberg de projetos que visam atender aos interesses dos empresários e especuladores. A saída para evitar os efeitos desse desprezo pela classe trabalhadora, condenando, principalmente, os mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo, é a pressão popular e a mobilização nas ruas.
Só a resistência e a luta são capazes de evitar que os direitos conquistados a duras penas sejam jogados no lixo e que a conta pelos desmandos do Governo seja debitada na nossa parca e pobre aposentadoria.
É triste para a sociedade ouvir o presidente Michel Temer, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, afirmar que suas prioridades são as reformas trabalhista e previdenciária. Por que começar por aqueles que são responsáveis pela produção de riquezas no País? Parece ser o caminho mais fácil. Estão enganados.
A UGT, a partir de agora, vai travar o embate por meio das redes sociais, nas ruas e no Congresso, para garantir os direitos dos trabalhadores.