Militantes dos sindicatos ligados a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a qual o Sintetel é filiado, e centenas de trabalhadores das demais centrais sindicais realizaram na manhã de 16 de agosto um ato em frente ao prédio da Fiesp ( Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), localizado na avenida Paulista, coração financeiro de São Paulo.
O ato aconteceu em todas as cidades do País e marcou o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos.
O protesto ocorreu em frente ao prédio da Fiesp por causa das declarações feitas pela alta cúpula da entidade. Em especial, pelas ameaças de representantes do governo interino de Michel Temer contra os direitos trabalhistas e previdenciários. ”As centrais sindicais estão aqui reunidas com uma responsabilidade importante que é a da defesa do bem estar social e das condições de trabalho”, ressaltou Canindé Pegado, secretário Geral da UGT.
“Não vamos parar com essas mobilizações, a nossa missão é promover ações em todas as nossas regionais do Estado de São Paulo, pois não vamos admitir a retirada de direitos e retrocesso na legislação trabalhista”, explica Luiz Carlos Motta, presidente da UGT-SP.
Entre as reivindicações, o abandono da implantação de uma política de austeridade em que quem irá pagar o PATO, definitivamente, é a população mais pobre. “Até agora ninguém falou nada em taxar a fortuna, cobrar imposto sobre jatinho ou lancha. Até agora não falaram em alterar as aposentadorias daqueles que recebem benefícios astronômicos, mas todos do governo são categóricos em afirmar que a população, que recebe um ou dois salários mínimos, são os culpados pelo suposto rombo na previdência”, completa Wagner José de Souza, diretor da UGT.
Representantes de diversos movimentos sociais também estiveram presentes ao ato. Mulheres, Idosos, Negros e Juventude participaram das ações em repúdio a toda e qualquer forma de flexibilização de direitos trabalhistas ou sociais.