O Seminário da UNI, sindicato internacional, sobre a organização do teleatendimento na América chegou ao fim com a aprovação de uma série de diretrizes que visam melhorar as condições de trabalho dos profissionais do setor. Reunidos em São Paulo nos dias 19 e 20 de julho, sindicalistas de diversos países do continente concordaram em apoiar a luta dos teleoperadores brasileiros.
A UNI redigirá duas cartas. A primeira será destinada ao governo brasileiro para denunciar a realidade no teleatendimento e exigir a continuidade da mesa tripartite de negociação entre sindicatos de Telecom, governo e empresas, que foi criada na gestão federal anterior e paralisada pelo governo interino até o momento. A segunda carta é voltada ao Senado e pedirá aos parlamentares a aprovação do projeto que regulamenta a profissão de teleoperador.
As propostas foram feitas pela Fenattel, Federação Nacional que congrega os principais sindicatos de trabalhadores em Telecom do país, entre eles o Sintetel. A Federação ainda apresentou outras resoluções que foram aceitas pelos sindicatos internacionais.
Assim, a UNI desenvolverá também: uma campanha internacional para pedir respeito aos profissionais de teleatendimento e contra o assédio moral; apoiará debates com órgãos governamentais sobre saúde no teleatendimento; orientará a celebração de Acordos e Convenções a partir de uma pauta regional comum que ajudem a melhorar os salários e indicará uma Comissão Internacional do setor para estudar e propor soluções de interesses dos operadores.
Atualmente, são cerca de 500 mil trabalhadores em teleatendimento em todo o Brasil, de acordo com o Dieese. Desse total, quase metade está no Estado de São Paulo. Por isso, para o Sintetel essas são questões de extrema importância. Um dos desafios é aproximar estes jovens trabalhadores dos sindicatos, e isso será feito com mais intensidade por meio de uma ampla campanha internacional de sindicalização que ocorrerá em outubro como parte da semana regional de mobilização.