O Sintetel foi à porta da TIM, em Santo André, para comandar uma paralisação dos trabalhadores. Eles resolveram cruzar os braços na manhã de quinta-feira, 19 de maio, para demonstrar toda a insatisfação com o possível calote no PPR.
O dirigente do Sindicato Mauro Cava de Britto explicou que os empregados da empresa estão indignados com a possibilidade de calote e que o ato foi histórico. “Não é fácil organizar paralisações na TIM, principalmente porque a empresa tenta dificultar o acesso do Sindicato aos trabalhadores”, disse. “Dessa vez, eles resolveram cruzar os braços e passar um recado contundente, esperamos que o ato tenha sensibilizado a TIM”.
Pelo Facebook do Sintetel, trabalhadores se manifestaram em agradecimento à ação sindical. “Gostaria de agradecer pelo trabalho de cada um de vocês, isso representa muito para nós da TIM”, disse um trabalhador cuja identidade será mantida em anonimato. “Será que iremos receber nosso suado PPR?”, indagou ao fim da mensagem.
O Sindicato espera que a TIM entenda a importância do PPR para o trabalhador e que tenha constatado, via mobilização, que esse dinheiro faz diferença para cada empregado da empresa. “Continuaremos organizando ações e mobilizando os trabalhadores para que não haja calote. Vamos seguir na luta”, conclui Mauro Cava.
Histórico
Após pagar o MBO dos Diretores e Gerentes com base nos resultados obtidos pela empresa, a TIM alegou, sem apresentar nenhum dado real, que os resultados não foram atingidos e que por isso não pagará a segunda parcela do PPR.
Espertamente, a empresa maquia informações e finge que poderia ser pior, que os empregados poderiam ter que devolver dinheiro teoricamente recebido a mais. Mas, diante da reação negativa, volta atrás como quem diz: “tudo bem, vocês não precisam devolver, mas eu não pago nada a mais”.
A Fenattel solicitará esclarecimentos mais detalhados sobre os resultados da empresa, pois considera essa situação inaceitável. O site “Infomoney” publicou que a TIM lucrou R$ 2,07 bi em 2015. Ora, a TIM Brasil tem de explicar urgentemente: está mentindo para o mercado ou para os empregados?
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