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TIM arma calote no PPR dos empregados e Sintetel faz panfletaço na porta da empresa

O Sintetel participou do ato nacional dos sindicatos filiados à Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecom) contra a tentativa da TIM de dar o calote no PPR dos trabalhadores. Dirigentes sindicais estiveram nas portas da empresa tanto em Santo André como na capital paulista, em 16 de maio, para distribuir o boletim informativo que denuncia o problema. 

Histórico

Após pagar o MBO dos Diretores e Gerentes com base nos resultados obtidos pela empresa, a TIM alega, sem apresentar nenhum dado real, que os resultados não foram atingidos e que por isso não pagará a segunda parcela do PPR. 

Espertamente, a empresa maquia informações e finge que poderia ser pior, que os empregados poderiam ter que devolver dinheiro teoricamente recebido a mais. Mas, diante da reação negativa, volta atrás como quem diz: “tudo bem, vocês não precisam devolver, mas eu não pago nada a mais”.

A Fenattel solicitará esclarecimentos mais detalhados sobre os resultados da empresa, pois considera inaceitável acreditar que até dezembro tudo ia bem, a primeira parcela de 1,5 salário foi paga, e que agora os resultados não foram atingidos. 

Curiosamente, o site “Infomoney” publicou que a TIM lucrou R$ 2,07 bi em 2015. Ora, a TIM Brasil tem de explicar urgentemente: está mentindo para o mercado ou para os empregados? 

MAIS PROBLEMAS: salários acima de R$ 4 mil 

Em relação aos salários acima de R$ 4 mil, a empresa pagou um abono na data-base. Mas, o Acordo firmado com o Sintetel previa a rediscussão desses salários em abril com o objetivo de que ao final da vigência do Acordo, os empregados não fossem penalizados.

Todavia, a empresa apresentou a desculpa evasiva de que não é possível fazer esse reajuste em um cenário de incertezas. Apesar disso, o Sintetel/Fenattel insiste na incorporação do reajuste mesmo que seja aplicado apenas em 31/08, último dia da vigência deste Acordo.  
A conta é simples: sem esse reajuste, se o Sindicato conquistar aumento real de 1% nessa faixa nas próximas negociações, o trabalhador demoraria dez anos para recompor a perda de 2015. 

SÓ A TIM É ASSIM

Enquanto todas as demais operadoras respeitam trabalhadores e os representantes sindicais, recebendo-os sempre que necessário em reuniões entre presidentes, a TIM do Brasil age diferentemente. Até na TIM Itália o presidente fala com os sindicalistas. Mas, por aqui, envia para reuniões gestores de RH sem qualquer autonomia. 

É a velha atitude de não conversar para manipular e não responder. Caso esse cenário não mude, o Sintetel e a Fenattel seguirão denunciando à população como a TIM trata seus trabalhadores.