O Sintetel cobrou em reunião com a Oi, realizada em 05/05, uma posição oficial sobre a reestruturação organizacional em curso na empresa, que tentava manter o processo em segredo.
A Oi apresentou seus resultados em 2015 e explorou as dificuldades financeiras pelas quais passa, com prejuízo registrado no ano e rebaixamento do valor das ações. A empresa ainda mostrou as prioridades de seu Plano de Recuperação 2016-2018, que visa aumentar a base de clientes e renegociar sua dívida junto aos credores.
No meio deste processo, a empresa revelou que planeja, como parte do corte de custos, diminuir seu quadro de empregados. O Sintetel protestou contra a possibilidade de corte de pessoal e classificou a solução como simplista.
O Sindicato apontou que os erros da companhia eram de reponsabilidade de seus executivos e acionistas e que era inaceitável fazer o trabalhador pagar a conta.
Entretanto, os representantes da empresa disseram ser impossível realizar a reestruturação sem demissões e que, por isso, estava disposta a conceder um plano de compensação aos dispensados.
O Sintetel discordou do corte mais uma vez, mas como não houve possibilidade de fazer a empresa mudar de ideia, os sindicalistas ouviram a proposta da Oi: prorrogar assistência médica e odontológica por quatro meses, auxílio-creche por mais três e parcela financeira de 0,20 salário por ano trabalhado, limitado a 4 salários. A proposta foi recusada.
Após muita negociação para melhorar a proposta e proteger ao máximo o trabalhador, a Oi cedeu e avançou na oferta, apesar de não chegar ao nível desejado pelo Sindicato. O Acordo ficou da seguinte maneira:
1) Vigência neste mês de maio;
2) Assistência médica/hospitalar/odonto por 6 meses além do que já existe no Acordo Coletivo;
3) Manutenção do seguro de vida e do auxílio-creche até 31/12/2016;
4) Parcela financeira de 0,30 salário por ano trabalhado com limite de 6 salários, além das condições existentes no Acordo Coletivo;
5) Será garantido o pagamento do aluguel do veículo no mês de maio;
6) Será garantido o pagamento do tíquete refeição/alimentação no mês de maio;
7) Os trabalhadores que vierem a ser demitidos farão parte de um cadastro e participarão de processos futuros de seleção na própria Oi ou em suas coligadas/parceiras.
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