Dirigente do Sintetel Marcos Milanez recebe carta compromisso da Vivo
A greve na Líder entrou nesta quarta-feira em seu terceiro dia. Organizados pelo Sintetel, os trabalhadores foram em carreata até a porta da Vivo, operadora para a qual prestam serviço. O comboio, com mais de 300 carros, passou por avenidas importantes da capital e chamou a atenção de portais de notícia como o G1, da Rede Globo, o R7, da Rede Record, e a agência internacional de notícias Reuters.
A paralisação dos trabalhadores, que começou na segunda-feira, reivindica direitos mínimos como o pagamento do Vale Refeição, Vale Alimentação e Vale Transporte. Além disso, a empresa tem descumprido a Convenção Coletiva da categoria. Entre os problemas denunciados estão desde falta de pagamento de hora extra até corte do convênio médico. O Sintetel já está tomando as medidas jurídicas cabíveis, inclusive para proteger os demitidos que ainda não receberam suas verbas rescisórias.
Para o presidente do Sintetel, Almir Munhoz, "uma grande operadora como a Vivo não pode fazer o trabalhador pagar a conta de uma terceirizada que não cumpre a lei, já que na ausência do pagamento da contratada, a contratante teria que arcar com o ônus".
O auxiliar de cabista Paulo Rodrigues está com dificuldade para honrar os compromissos financeiros em função do descaso da Líder. “Estou devendo a amigos que me emprestaram dinheiro para ir trabalhar e pagar as contas”.
O IRLA Diego Alves vive o mesmo drama de seu companheiro de empresa para pagar as contas. “Tenho uma família para sustentar”, diz. Mesmo no mau momento, ele reconhece o trabalho do Sintetel e mostra confiança. “O Sindicato sempre organizou mobilizações que trouxeram resultados e dessa vez não será diferente”.
Vivo responde
A Vivo, ainda durante a manifestação, entregou uma carta aos dirigentes do Sintetel se comprometendo a apresentar em 24 horas uma solução para resolver os problema da Líder. Os trabalhadores farão nova assembleia amanhã para decidir os rumos da greve.
HISTÓRICO DA GREVE