Os trabalhadores da Líder cruzaram os braços em solidariedade aos recém-demitidos que, além de perderem seus empregos, também não receberam os valores das rescisões contratuais. O protesto ocorreu na manhã de 2 de julho no centro operacional do Jaguaré, na capital.
A empresa também cancelou toda programação de férias, além de não pagar aqueles trabalhadores que saíram. O Sindicato compareceu ao local para dar suporte à paralisação.
Durante o movimento, dirigentes do Sintetel estavam em reunião com a Vivo/Telefônica e aproveitaram a oportunidade para denunciar o descaso da Líder, sua contratada. O dirigente do Sindicato, José Carlos Guicho, alertou a operadora sobre a situação em que se encontram os ex-trabalhadores da terceirizada.
Em 6 de julho o presidente do Sintetel, Almir Munhoz, se reunirá com Walter Ramos da Luz, da Divisão de Gestão de Aliados, para relatar especificamente os problemas nas empresas que prestam serviço Telefônica/Vivo, inclusive na Líder.
Após o protesto, os trabalhadores retornaram às atividades e aguardam uma posição da Vivo/Telefônica diante gravidade do problema, uma vez que a Líder se finge de morta.
Histórico
Desde que a Líder iniciou suas atividades em São Paulo, em 2011, o Sindicato já esteve diante de uma série de irregularidades praticadas por ela. Problemas como o não depósito do FGTS, falta de pagamento do Plano Médico e trabalhadores com mais de três férias vencidas são recorrentes na empresa.
O Sintetel, sempre representado a vontade e os interesses dos trabalhadores, exaustivamente buscou soluções, negociou e concedeu prazos para que os problemas fossem solucionados, mas a empresa segue com as irregularidades. “Já demos inúmeras oportunidades para Líder adequar suas dificuldades financeiras, mas a paciência acabou. Os trabalhadores já deixaram isso claro”, reforça a direção do Sintetel.