A UGT (União Geral dos Trabalhadores), central sindical a qual o Sintetel é filiado, realiza nessa quarta e quinta-feira, 29 e 30 de abril, um seminário sobre os “30 anos da redemocratização do Brasil”. O evento acontece em comemoração ao 1º de maio, Dia do Trabalho.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, aproveitou a abertura para falar sobre a participação do movimento sindical na luta pelo fim da ditadura e sobre os desafios atuais da sociedade. “Muitos dos que aqui estão ajudaram a construir o processo de redemocratização do Brasil. Anos depois, assistimos em a volta das pessoas às ruas, em 2013 e 2015, para protestar contra um quadro de crise em diversas áreas, inclusive na questão da cidadania. Esse evento é para debatermos o papel do movimento sindical nesse contexto”.
Os convidados que compuseram a mesa de abertura alertaram para o delicado momento da política brasileiro, no qual diversos temas conservadores estão avançando no Congresso Nacional sem a devida atenção e mobilização da sociedade. “Não consigo entender como esse Congresso em vez de regulamentar a terceirização resolve precarizar as condições de trabalho”, afirmou Patah em referência ao Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização. “Por isso estamos na rua contra esse projeto absurdo”.
O ex-prefeito de São Paulo e ministro das cidades Gilberto Kassab ressaltou em seu discurso o papel da UGT em Brasília juntos aos parlamentares. “Nos últimos dias vimos como foi importante a participação da UGT no Congresso em defesa dos trabalhadores, em favor de melhorar o projeto da terceirização”, disse Kassab.
O presidente do Sintetel e da Fenattel, Almir Munhoz, criticou o Congresso retrógrado e a falta de engajamento político da sociedade. “Temos nossa parcela de culpa porque não damos o devido valor ao nosso voto, nós não prestamos atenção devida em quem estamos votando”, disse. “Por isso temos um projeto de terceirização que, do jeito que está, piora a vida do trabalhador”.
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