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UGT inicia Conferência de Gênero, Raça e Juventude; Sintetel participa do evento

Por uma sociedade mais justa e igualitária, com participação de todos e todas, as três secretarias da UGT: Mulher, Diversidade de Gênero e Juventude iniciaram nesta segunda-feira, 27/04, na colônia dos Fecomerciários, em Praia Grande (SP), as atividades que têm como objetivo criar um documento com propostas a serem levadas para o Congresso Nacional da instituição, para os próximos passos da central em defesa da classe trabalhadora.

 

Festa e trabalho permeiam o clima do evento, que abriu com uma apresentação de dança e números de capoeira, como forma de resgatar a matriz africana. As secretarias organizadoras foram representadas por Cassia Bufelli (Mulher), Ana Cristina Duarte (Diversidade de Gênero) e Gustavo Walfrido Filho (Juventude). Antonio Salim dos Reis, vice-presidente da UGT, representou o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, ao lado de Arnaldo Azevedo Bilotti, representando Luiz Carlos Motta, presidente da UGT Estadual SP e dos Fecomerciários. 

 

Também estiveram presentes autoridades como Alessandro Belchior, representando a secretaria de Direitos Humanos de SP e coordenador de políticas LGBT; Alan Combo, representando a Secretaria de Política e Trabalho para a Juventude de SP; Denise Mota, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres de SP, Cenise Monteiro (diretoria do Sintetel, representando o presidente Almir Munhoz) e Jana Karen Silverman, do centro de Solidariedade da AFL-CIO.

 

Para Gustavo Walfrido Filho, esse evento acaba sendo um ponto de relevância maior, porque é a primeira vez que a Juventude da UGT se insere nessas discussões. “Juntos vamos pensar em diretrizes que precisam ser discutidas e implementadas. Falamos muito da necessidade de se construir democraticamente. A UGT tem isso em seu DNA, mas aqui temos a responsabilidade de trazer o tema, pautar o que é importante e levar para a UGT debater em seu Congresso, o que é importante fazer. Vamos propor de maneira ativa o que queremos e onde queremos chegar”, sinaliza.

 

Ana Cristina Duarte  pontuou dois fatores importantes: a aprovação pela ONU (de 2015 a 2024 – das políticas de igualdade racial), para as quais o movimento sindical precisa se organizar. Outro ponto é a Marcha Nacional das Mulheres Negras, que foi organizada pelas organizações de mulheres negras. “O que o movimento sindical para essa mulher negra trabalhadora? O que fazer para que a gente saia da pirâmide da sociedade? É hora das mulheres negras se juntarem com as mulheres e mostrar o que quer fazer no Congresso”, defende.

 

Cássia Bufelli quer uma virada de jogo e tirar de uma vez por todas a violência contra a mulher das pautas de luta. “Temos que solucionar. Embora todas as dificuldades que temos em participar, em conquistar espaço e construir políticas, nossa igualdade de oportunidades só se dará com a nossa presença. É esse o momento de pararmos coma  hipocrisia dos discursos dos sindicalistas, que na hora de discutir, não se faz em presentes.


Essa bandeira de luta é nossa, se queremos fazer um trabalho igualitário e justo, esse espaço é nosso. Não vamos nos ater a qualquer dificuldade, não vão barrar nossa voz. Temos condições de ser protagonistas. E isso se consegue com a colaboração de todos”, chama a atenção.

 

Cenise Monteiro introduz que hoje ainda se discute a questão de cotas, mas que amanhã, a pauta não seja mais essa, que esses direitos para a raça negra sejam conquistados de uma vez por todas. “Precisamos ter jovens, de gente que queira ter essa historia em suas mãos e dar continuidade. Essa Conferência veio em meio à crise política, com a aprovação do PL 4330, e que temos que estar juntos coma UGT que se colocou contrária. Não importa a nossa cor, se somos homem, mulher ou orientação sexual, temos que estar juntos. Que desse dia saiam grandes lições para implantar nos sindicatos”, salienta.

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