Como é do conhecimento de todos os trabalhadores, a compra da GVT pela Vivo/Telefônica foi aprovada pelos órgãos competentes do governo.
O presidente global da multinacional espanhola, César Alierta, reafirmou em carta enviada aos trabalhadores a confiança e o compromisso da companhia com o Brasil, “um dos mercados estratégicos para o crescimento do grupo, com grandes perspectivas de futuro”.
Em momento algum em sua declaração ele mencionou algo sobre os trabalhadores. Isto está gerando um clima de confusão e insegurança.
Qual será o futuro dos trabalhadores da GVT e da Vivo? Qual política será adotada, a da Vivo ou da GVT? Terceirização ou internalização?
O Sintetel, na intenção de proteger os direitos da categoria, solicitou uma reunião com o novo presidente da empresa, Amos Genish. Enquanto ele não assume o posto, a direção do Sindicato se reunirá ainda em 22 de abril com o presidente interino do Grupo Telefônica, Alberto Horcajo Aguirre.
Na reunião, o Sintetel quer conhecer a estratégia de integração entre a Vivo e a GVT, o planejamento que as empresas pretendem para o futuro, saber quais serão os planos com relação à terceirização de serviços, discutir a manutenção dos postos de trabalho nas empresas, entre outros pontos.
De acordo com Cesar Alierta, “o Brasil torna-se o nosso principal mercado, tanto pelo número de acessos, como receitas, com mais de 100 milhões de clientes no final de 2014. A nova Vivo é a maior operadora móvel do país, líder no mercado de banda larga de alta velocidade e torna-se uma operadora de TV por assinatura muito relevante, com uma base de clientes de maior valor”.
Em que pese todo o cenário e declarações positivas, os trabalhadores esperam que os bons resultados sejam revertidos em reconhecimento financeiro como salários, benefícios e PPR/SRE. Pois só palavras bonitas não enchem barriga.
Apesar da Vivo ser a maior empresa do setor, conforme declarado pelo presidente global, em 2014 tanto a GVT quanto a VIVO pagaram PPRs menores que a operadora Oi, que publicamente está em crise.
Acompanhe a comparação:
OI
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VIVO
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GVT
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2,78
salários
(SP)
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2,16
salários
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● 13 mil
trabalhadores receberam 0,25 salários
● 5 mil
trabalhadores podem chegar a 1,75 salário, mas nunca chegam
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Quem cria a riqueza das empresas são os trabalhadores, porém não são reconhecidos.
O Sintetel está acompanhando de perto esse processo e conta com a união dos trabalhadores para não deixar as empresas pensarem só em lucrar cada vez mais às custas de precarizar o lado do trabalhador.
Atenção trabalhadores da GVT
Fiquem atentos quanto a forma de contratação de PJs, também conhecida como pejotização. Isso interfere nos seus salários, benefícios e direitos trabalhistas. Denuncie ao Sintetel!