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Prestadoras de serviço apresentam proposta de reajuste vergonhosa

No mesmo dia 8 de abril em que o Congresso Nacional votou o projeto que regulamenta a terceirização, o Sintetel teve uma péssima reunião com as empresas prestadoras de serviço em telecom, com data-base 1º de abril. 

Os patrões foram caras-de-pau, se auto-vitimizando, ao dizer das dificuldades enfrentadas junto às empresas contratantes. Alegaram revisão do contrato tanto de ponto Baremo, como de produtividade, retirada de suportes, plano de investimento com garantia até o 3º trimestre, frustrações com falhas comerciais dos contratantes, o que gera prejuízos ou margens de lucro reduzidas como nos produtos de fibra ótica, além de outras condições absurdas que os contratantes tentam impor. Argumentam também as dificuldades na economia. 

Depois de todo esse choramingo, tiveram a falta de vergonha na cara de oferecer 3% de reajuste nos salários e benefícios sob a justificativa de que é esse o porcentual que terão em média nos seus contratos. Dessa maneira, dizem que não teriam condições de avançar mais.

O Sintetel rechaçou a proposta e disse que isso é uma ofensa ao trabalhador. O Sindicato deixou claro que não admitirá nenhum tipo de precarização. As empresas ainda querem aumentar a participação do trabalhador no plano médico para 70%, além de implantar a coparticipação sem limite de descontos. 

O Sindicato reafirmou que os trabalhadores não aguentam mais produzir, enriquecer empresas nacionais e multinacionais sem ter o mesmo crescimento em seus ganhos.

O Sintetel também foi enfático ao deixar claro que não aceitará nenhum tipo de retrocesso, perdas e diminuição de ganho dos trabalhadores. 

Depois de todo esse show de horrores protagonizado pelos patrões, ele ainda pediram que a próxima reunião fosse apenas no final de abril. O prazo seria necessário, alegam, para novas negociações com as contratantes. 

O Sintetel reafirmou as bandeiras de luta e a indignação e revolta dos trabalhadores com esse tipo de atitude patronal. Isso só reforça a tese de que, para que a regulamentação da terceirização aconteça, precisa mudar também a mentalidade do empresariado no trato com os trabalhadores. Caso contrário, se continuar desse jeito, vai ser a regulamentação para a chibatada estalar nas costas do trabalhador!

A Campanha Salarial das prestadoras envolve cerca de 40 mil trabalhadores de empresas como Icomon, TEL, Líder, ARM, EGS, Huawei, Ability, Telemont, Seicom, entre outras. 

Nossa meta e nossa luta são por

● Aumento Real nos salários e benefícios
● 40 horas semanais para quem pratica 44 horas , sem redução de salários
● Plano de Cargos e Salários
● Auxílio para dirigir
● Vale Refeição integral nas férias.
● Ampliação dos pisos salariais na Convenção Coletiva
● Licença Maternidade de 180 dias.