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Atento cede diante da mobilização de trabalhadores com o Sintetel

Os trabalhadores da Atento Barra Funda ligaram para o Sintetel e solicitaram ajuda para dar uma basta nas injustiças cometidas pela empresa. Quando os dirigentes do Sindicato chegaram ao site, em 17 de março, a operação desceu em massa para apresentar os problemas.

O Sintetel, com a participação de alguns trabalhadores, reuniu-se com a empresa ainda durante a paralisação para denunciar uma série de questões. As reclamações eram em relação à mudança nos critérios de elegibilidade da Remuneração Variável, assim como falta de transparência e perda da RV por faltas abonadas ou com atestado médico.

Os trabalhadores denunciaram que as metas são tão agressivas que fazem com que eles deixem até de ir ao banheiro ou cumprir as pausas da NR-17, algumas vezes, inclusive, por proibição da chefia. 

Ainda completam a lista de problemas casos de assédio moral em que os chefes mandam o trabalhador ficar em casa sem justificativas ou o fazem bater o ponto sem receber nenhum serviço. Além disso, por qualquer motivo o trabalhador é transferido de skill para outro cujo RV é menor.

A união entre Sintetel e trabalhadores fez a Atento se sentir obrigada a dar respostas concretas. Isso porque os trabalhadores só aceitavam voltar após o pronunciamento da empresa, que respondeu que irá tomar providências. 

A Atento disse que irá reavaliar os critérios da Remuneração Variável e apresentará para os trabalhadores um novo modelo. A empresa garantiu o retorno imediato ao trabalho daqueles que foram afastados sem justificativa e afirmou que os casos de assédio moral e perseguição de trabalhadores serão apurados e será aberto um novo canal de comunicação com os gerentes para que esse tipo de problema não aconteça mais. Sobre a alteração do skill, se comprometeu a analisar cada caso isoladamente. 

Sintetel alerta

“Apesar desse primeiro resultado positivo da mobilização, os problemas ainda não foram totalmente resolvidos. Vamos aguardar que a Atento cumpra o que prometeu. Enquanto isso, continuamos na luta e mobilizados”, diz Fábio Oliveira, dirigente do Sintetel. 

O Sintetel ainda conseguiu a garantia de que o tempo de paralisação não será descontado e não terá impacto na RV. Não haverá também qualquer punição e perseguição.