No momento em que o IBGE divulga que o desemprego brasileiro caiu a 4,3% em dezembro e igualou a mínima histórica registrada no mesmo mês de 2013, a Nextel rema contra a maré. A intenção da empresa é demitir cerca de mil trabalhadores em São Paulo e 500 no Rio de Janeiro.
Devido a tamanho absurdo, o Sintetel foi à porta da empresa na manhã desta terça-feira, 3, para protestar contra as demissões. Vale lembrar que serão afetados trabalhadores recém-contratados como também aqueles com mais de 15 anos de casa.
Terceirizar para precarizar
A Nextel, numa manobra maléfica, quer fechar o seu call center em São Paulo e terceirizar o serviço para a empresa AlmaViva, em Teresina, no Piauí.
A empresa aposta na precarização. No Piauí os salários são menores e as condições de trabalho são piores. Para se ter uma ideia, enquanto em São Paulo o vale refeição na Nextel é de R$ 15, na AlmaViva é menos de R$ 5.
Com uma política maquiavélica de redução de custos, a empresa quer sugar o sangue do trabalhador em Teresina pagando salário e benefícios menores. O Sindicato denunciará a Nextel ao Ministério do Trabalho, pois a empresa quer fechar postos de trabalho, gerar desemprego e aposta no quanto pior melhor.
Não permitiremos que cerca de mil famílias sejam prejudicadas pela busca insana pelo lucro.
Após o ato de protesto, o Sintetel convocou a empresa para uma reunião no mesmo dia. Sindicato e Nextel se reuniram e nova reunião ficou agendada para próxima quarta-feira, 4 de fevereiro.