Centrais Sindicais e governo federal voltam a se reunir para debater o pacote de ajuste fiscal que visa economizar R$ 18 bilhões. Baixado por meio de duas Medidas Provisórias, o pacote é lesivo a trabalhadores da ativa, aposentados e a desempregados.
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB vão ao encontro reafirmar a rejeição ao pacote fiscal. A posição, unitária, das Centrais é pela retirada das medidas. Sem isso, as entidades não negociarão com o governo.
A reunião será na terça (3), em São Paulo, e deve contar com a presença dos ministros do Trabalho e Emprego, Previdência e Secretaria-Geral da Presidência da República.
Cenário - A nova reunião entre Centrais e governo (a primeira ocorreu dia 19 de janeiro) encontra o sindicalismo mais mobilizado. O Dia Nacional de Lutas, em 28 de janeiro, foi forte e nacional; e já se prepara a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, que reafirmará a unidade das Centrais e recolocará nas ruas a Pauta Trabalhista.
Jurídico - Além da rejeição do pacote pelas lideranças sindicais, o governo passa a ser questionado também na frente jurídica. Sexta (30), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com Adins (Ações Diretas de Inconstitucionalidade).
Miguel Torres, presidente da Confederação e da Força Sindical, afirma que o ajuste fiscal não requer urgência. Ele também aponta que as MPs contêm desrespeito a normas constitucionais.
Congresso - Se a negociação com o governo não prosperar, as Centrais farão carga junto ao Congresso Nacional. Miguel diz: “As Centrais não querem paliativos. Queremos que o governo retire as medidas ou vamos discuti-las no Congresso".
Mais informações: sites das Centrais e www.cntm.org.br