Os trabalhadores merecem respeito. Foi com esse sentimento que a Comissão Nacional de Negociação, da qual o Sintetel faz parte, encerrou a reunião ocorrida em 16 de dezembro com o grupo Algar Telecom.
O objetivo da reunião foi tratar da renovação do Acordo Coletivo 2014/2015. Os trabalhos de negociação estavam paralisados desde outubro de 2014, quando a empresa apresentou a seguinte proposta:
1) Reajustar os benefícios auxílio creche, auxilio excepcional, tíquete refeição/alimentação e o piso salarial pelo índice de 6,35%. Os demais benefícios mantem-se inalterados nas mesmas condições;
2) Reajustar salários com valores até R$ 4.500,00 em 6,35%. Para salários acima de R$ 4.500,00 o reajuste será de 80% do INPC, ou seja, 5,08%.
A Comissão de Negociação dos trabalhadores não concordou e apresentou a seguinte contraproposta:
1) Reajuste de 7% nos salários e benefícios sem distinção mantendo-se as mesmas condições;
2) Redução da coparticipação dos trabalhadores no VR de 10% para 5% ;
3) Inserir no Acordo Coletiva a cláusula de quebra de caixa;
A empresa solicitou um tempo para analisar e alterar a proposta. Na sequência, a empresa apresentou o seguinte texto:
1) Reajustar os salários em 6,35% sem limite de aplicação para todos os salários retroativos a data-base de 1º de setembro;
2) Reajustar o VR em 6,83% retroativo à data-base. Nos demais benefícios, aplica-se o índice de 6,35% mantendo-se as mesmas condições;
3) Quanto a cláusula de quebra de caixa, vai aprofundar os estudos na empresa e posteriormente falará com os sindicatos.
A comissão não concordou com a proposta da empresa e manteve o mesmo texto apresentado anteriormente. A Algar, contudo, manteve a mesma negativa e propôs encerrar a reunião.
O Sintetel e os demais sindicatos em telecom aguardam o bom senso da empresa para prosseguir com as negociações. Mas já está claro que queremos uma proposta igual a dos outras operadoras com data-base em 1º de setembro. A próxima reunião ainda não foi agendada.