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Fenattel classifica proposta da Vivo/Telefônica como abaixo da crítica

Na reunião de negociação entre a Vivo/Telefônica e a Comissão Nacional de Negociação, a empresa apresentou uma proposta que, no entendimento dos representantes dos trabalhadores, ficou abaixo da crítica. A proposta, entre outras coisas, concede míseros 0,65% de aumento real. 

É hora de a empresa demonstrar o quanto reconhece e valoriza seus empregados, afinal seus resultados são fantásticos, ao menos para seus acionistas. Eles há mais de uma década retiram daqui muito mais do que faturariam só na Espanha.

A Vivo/ Telefônica será a segunda colocada nos acessos de voz fixos (15 milhões de clientes), terceira colocada na TV por assinatura (atualmente em 5º lugar) e ficará empatada na primeira posição no  total de acessos de banda larga fixa. Além disso, a Vivo desembolsou R$ 22 bilhões de reais (E$ 7,2 Bi) na aquisição da GVT.

Não dá para comparar o crescimento do lucro dos acionistas com os 0,65% que ela oferece:

• Investimentos de R$ 2,6 bilhões no 1º semestre/2014 (+33,5%).
• Lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no 1º semestre/2014 (+53,9%). 
• Lucro por ação ordinária: +54,2%.
• Lucro por ação preferencial (com direito a voto) +54,4%. 

Para você que fez tudo isso acontecer, a proposta é de 0,65%... tá servido(a) ?

O impacto do reajuste salarial do INPC mais os 0,65% não significa nada no patrimônio da empresa e o que é pior, quando ela efetivamente pagar os 0,65%, a inflação do primeiro mês (ainda que controlada porque hoje no Brasil temos 6,5% ao ano) já terá consumido essa esmola. Não entra nem no orçamento do trabalhador porque não terá impacto algum, ou seja, é o mesmo que Nada!

Trabalhadores, vocês que se dedicam todos os dias à empresa merecem esse tipo de “reconhecimento”?

Essa é a reflexão que propomos a cada um porque na mesa de negociação a empresa insistiu em afirmar que é sua proposta final. 

Os trabalhadores diretos e indiretos da Telefônica devem deixar claro o que pensam disso, sem pressão a proposta não muda e é nisso que a empresa aposta. É como se dissesse: “não adianta vocês dos sindicatos reclamarem, porque nós sabemos o que os empregados aceitam”. 

E então a palavra está com a categoria, porque nós rejeitamos isso na mesa de negociação.