Na segunda reunião de negociação para a Convenção Coletiva de Trabalho 2015, ocorrida em 22 de outubro, as empresas de teleatendimento apresentaram uma proposta absurda aos representantes dos trabalhadores.
Elas propuseram aplicar somente o índice do INPC no piso salarial. O que significa que o piso ficará abaixo do salário mínimo. O Sintetel, por sua vez, recusou de imediato. "Os trabalhadores não merecem tamanho descaso, já que são os maiores responsáveis por gerarem o lucro dessas empresas", explica Fábio Oliveira, dirigente do Sintetel que participa da comissão de negociação.
O salário mínimo é reajustado por dois índices: variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado somado à inflação do ano anterior. Por exemplo, PIB de 2013 com inflação de 2014 dará a porcentagem de reajuste do mínimo em 2015. A medição da inflação é feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O Sindicato sempre lutou para desvincular o piso salarial da categoria do salário mínimo, para aumentar o valor pago. As empresas não tenderam a reivindicação. "Fizeram o absurdo de propor a desvinculação do piso do salário mínimo para pagar menos. Jamais admitiremos isso", ressalta a dirigente do Sintetel que também faz parte da comissão, Aurea Barrence.
Para os demais salários e benefícios, os patrões propuseram reajuste de 80% do INPC, o que não repõem nem a inflação do período. Além disso, não quiseram discutir os demais itens da pauta de reivindicações.
O Sindicato exigiu que as empresas apresentem na próxima reunião propostas mais decentes, pois, além das cláusulas econômicas, os dirigentes também pretendem discurtir as sociais.
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