O Sintetel recusou a nova proposta da Telefônica/Vivo para o Acordo Coletivo 2014/2015. A empresa conseguiu se superar e levou para as reuniões realizadas em 15 e 16 de outubro, uma proposta que no total, somando todos os itens, contempla menos do que o INPC do período.
As negociações começaram há dois meses e a bancada sindical tem insistido em uma proposta que reconheça o valor dos trabalhadores que tanto fazem pela empresa e que ajudaram nos ótimos resultados do primeiro semestre de 2014. A nova maldade apresentada é em relação ao plano de saúde. A empresa diz que os gastos estão altos e que o trabalhador tem que ajudar a pagar.
Atualmente, a mensalidade do plano de saúde é de 1% do salário limitado a R$ 300,00. A nova proposta é subir o percentual para 3% limitado a R$ 900,00. A coparticipação, que é de 20% sobre consultas, exames simples, exames especiais, terapias e pronto socorro, subiria para 30%, pela proposta da Telefônica/Vivo.
Trabalhador de São Paulo, você que sempre contribuiu pagando mensalidade e coparticipação acha justo a empresa tirar mais 2% do seu salário e ainda aumentar o desconto na utilização? Isso é tirar dinheiro do seu bolso!
A data-base é uma oportunidade de melhorar salários e benefícios, mas a empresa está querendo fazer o contrário e precarizar o que foi conquistado com anos de lutas. Os trabalhadores da Telefônica/Vivo estão muito informados da situação econômica da empresa e junto com o Sintetel não deixarão isso acontecer.
Veja abaixo a proposta econômica indecente feita pela empresa:
Correção salarial
Salários de até R$ 5.000,00 reajuste de 6,45% e o valor que passar de R$ 5.000,00 reajuste de 6%.
VA/VR
Administrativo: reajuste ZERO.
Lojas: correção de 6,5% nos valores praticados
Auxílio Creche/Babá
Administrativos e lojas: correção de 6,35% nos valores praticados. No Rio de Janeiro este benefício é maior. O Sintetel quer, além do reajuste, a equiparação dos valores.
Auxílio Creche Especial
Administrativos: reajuste ZERO.
Lojas: correção de 6,35% sobre o valor.
Reembolso Quilometragem: ZERO de reajuste.
Auxílio Funeral e Quebra de Caixa: correção de 6,35% sobre o valor atual.
Banco de Horas: a empresa propõe ampliar a compensação de 60 para 180 dias. Os trabalhadores querem que todas as horas extras sejam acrescidas dos adicionais legais de 50% e 100%, independente se serão pagas ou compensadas.
A Telefônica/Vivo ainda insiste em precarizar sobreaviso, estabilidade gestante e estabilidade aposentadoria. Trabalhador, você que diariamente produz, cumpre os objetivos e as metas estipuladas pela Telefônica/Vivo, ajudando a empresa a crescer e se transformar na maior operadora do Brasil, acha que merece essa proposta?
Uma nova rodada de reuniões ficou marcada para 03 e 04 de novembro.
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