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GVT engorda cofres com R$ 22 bilhões e não tem dinheiro para os trabalhadores?

As negociações para o Acordo Coletivo 2014/2015 dos trabalhadores da GVT continuam, mas com avanços insignificantes. A proposta da empresa foi recusada pela comissão de negociação na reunião realizada em 7 de outubro, em São Paulo.

A GVT ofereceu somente o INPC do período, ou seja, 6,35% nos salários para todos os trabalhadores, exceto para os cargos de auxiliar e instalador de LA, que teriam insignificantes 0,25% de aumento real. Para os benefícios repete-se o índice de 6,35%, exceto aluguel de carro, cujo reajuste proposto é ZERO.

A reivindicação dos trabalhadores de rede é o aumento no piso salarial, que hoje é menor do que o piso das empresas terceirizadas que prestam serviço para a GVT. O Sintetel sempre discute e cobra essa questão da empresa, mas até agora nenhuma proposta de piso por função foi apresentada.

Em 2009 a GVT foi comprada por R$ 7,2 bilhões. Este ano, foi vendida por R$ 22 bilhões. Agora, na hora de reconhecer os responsáveis pelo crescimento, a empresa oferece ZERO de aumento real para a grande maioria de seus trabalhadores.

A proposta foi recusada. O Sindicato e os trabalhadores aguardam uma proposta digna de uma grande operadora como a GVT. A próxima reunião está agendada para 30 de outubro. 

As bandeiras de luta são:
● aumento real no salário 
● aumento real nos benefícios, 
● cesta básica para todos, 
● adequação dos pisos por função, 
● extensão do auxílio creche para os pais

Venda para Vivo/Telefônica 
A Comissão de Negociação aproveitou uma reunião com a Vivo/Telefônica para externar a preocupação dos trabalhadores da GVT com a possibilidade de haver terceirizações e demissões. O Sindicato enfatizou a importância de garantir os postos de trabalho atuais.

O diretor executivo de finanças da Vivo/Telefônica, Alberto Horcajo, disse que primeiro é necessário esperar a autorização dos órgãos competentes para confirmar a compra e que, atualmente, não existe nenhum projeto de terceirização ou dispensa de trabalhadores. A ideia, a princípio, é deixar a GVT como uma filial. 

O presidente do Sintetel e da Fenattel, Almir Munhoz, agendou uma reunião com o presidente da Vivo/Telefônica para conversar sobre a compra da GVT, os planos de mudanças e o futuro dos trabalhadores.