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1° de Maio da Força Sindical exige do Governo Federal mais atenção aos trabalhadores

A comemoração do 1° de maio da Força Sindical, em São Paulo, reuniu cerca de um milhão de pessoas na Praça Campo de Bagatelle, zona norte. Entre os políticos presentes estavam Paulinho da Força (Solidariedade), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho - que representou a presidente Dilma Rousseff -, entre outros.

Com o tema “Avançar na democracia com direito social”, os trabalhadores, por meio da central, exigiram do governo mais atenção à Pauta Trabalhista. Entre as reivindicações estão: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem diminuição do salário, correção da tabela do Imposto de Renda e igualdade de oportunidade entre homens e mulheres.

“A maior dificuldade que nós encontramos é o distanciamento do governo nas questões trabalhistas” afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. A presidente Dilma Rousseff anunciou um dia antes do megaevento o reajuste de 4,5% da tabela do Imposto de Renda, uma das lutas do movimento sindical. “Está longe da realidade. Nós temos uma defasagem de 68% na tabela do Imposto de Renda”, disse Miguel.

A Secretária Nacional de Qualificação Profissional da Força Sindical, Neuza Barbosa de Lima, enfatizou a importância da igualdade de oportunidades entre o sexo feminino e masculino. “Tem muita mulher que trabalha mais que o homem e ganha o mesmo valor. Precisamos de um salário justo”.

No palanque, Aécio Neves, pré-candidato à presidência pelo PSDB, afirmou que o partido vai continuar lutando pela melhoria de vida e de trabalho no País. “Reafirmo o compromisso com o fim definitivo da inflação e de fazer políticas públicas que melhorem a saúde, a educação e a segurança do trabalhador”.

Outro pré-candidato à presidência que compareceu foi Eduardo Campos, do PSB. Campos afirmou na comemoração que o processo de transformação de um País só acontece com a participação de todas as partes. “O Brasil precisa ter diálogo de seu governo com os empresários, com os estudantes, mas também com seus sindicalistas, trabalhadores e cientistas".

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente licenciado da Força Sindical, falou das dificuldades para aprovar a Pauta Trabalhista. “Nós trabalhadores somos minoria. No Congresso há 233 políticos do lado empresarial, precisamos saber em quem votar”. 

Dentre as mais de um milhão de pessoas presentes, a empresária Claudia Aleixo foi uma das primeiras a chegar. Ela pisou na Praça às 5 horas da manhã. “Esse é o oitavo ano seguido que venho. Acho importante lutar pelo direito dos trabalhadores, alguém tem que estar do nosso lado”.

Os participantes não estavam interessados apenas em festa. O aposentado Antonio Negli da Costa, compareceu à comemoração porque queria escutar o que a Força Sindical tinha a falar sobre os aposentados. “A aposentadoria no Brasil está em decadência. Espero que o governo acorde e no lugar de fazer campo de futebol melhore o benefício da aposentadoria”.

O casal Michele Mariane Sobzak e Idlylei Thomazini querem salário mínimo mais alto e já estão cansados da demora do governo para resolver diversas questões, entre elas a correção da tabela do Imposto de Renda.