A TIM fará mudanças na área de infra-estrutura. Para reduzir custos de interconexão e aluguel de sites prevê investir em backbone próprio nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, e vai compartilhar infra-estrutura em pequenos municípios. O total de investimentos para este semestre é de R$ 1,7 bilhão, parte voltada à implantação de anéis ópticos e outsourcing na área de tecnologia da informação, ainda em estudos, explica o diretor de planejamento estratégico Renato Ciuchini.

Com o lançamento da rede 3G, a empresa teve um incremento na receita líquida de serviços em 4,7% no trimestre totalizando R$ 2,97 bilhões. Sem detalhar quais serviços tiveram crescimento, Ciuchini aponta que as vendas da banda larga móvel dobrou neste trimestre em relação ao anterior.

O iPhone também está nos planos da TIM. "Estamos em negociação com a Apple para sermos a terceira operadora a oferecer o aparelho no País", diz Mario Cesar Araujo, presidente da operadora.

Oportunidade na telefonia fixa

A empresa não prevê atrasos na implantação da portabilidade numérica "embora haja problemas normais nos testes, devido a complexidade do processo entre as operadoras", afirmou Araujo. A TIM vê uma boa oportunidade de ganhar mercado na telefonia fixa onde são poucas opções aos assinantes. "Temos licença nacional e vamos atrair os clientes insatisfeitos", diz Araujo.

Outra aposta é na oferta de produtos quadruple play. Hoje a empresa oferece telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura por meio de uma parceria com a Sky. Em breve o pacote deverá crescer.

Sobre a chegada de mais duas operadoras móveis (Oi e "aeiou") em São Paulo, Mario Cesar Araujo diz não temer a concorrência. "A Oi vai ter que aprender a trabalhar em um mercado onde não conta com telefonia fixa, o que é um obstáculo", afirma.