Notícias

FILTRAR:

Marcha da Classe Trabalhadora leva 40 mil às ruas de São Paulo

O ato unitário organizado pelas maiores centrais sindicais - Força Sindical, CTB, CGTB, CUT, Nova Central e UGT – levou cerca de 40 mil trabalhadores às ruas. A 8ª Marcha da Classe Trabalhadora por Direitos e Qualidade de Vida aconteceu em 9 de abril.
 
A concentração teve início na Praça da Sé por volta das 10h. Depois seguiu pela Avenida Brigadeiro Luís Antonio e terminou no vão livre do Masp, na avenida Paulista, por volta das 13 horas. Na Sé, sindicalistas das seis Centrais se revezavam ao microfone para explicar a Pauta Trabalhista. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, coordenou o ato pela Central. Ele destacou a unidade das centrais e a mobilização dos trabalhadores pela pauta trabalhista.

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente licenciado da Força Sindical, comentou a conjuntura, o que inclui o aumento dos juros: “o Brasil investe na especulação”. Para Vagner Freitas, presidente da CUT, "o Congresso tem de aprovar a nossa pauta. Esse é o momento. Em ano eleitoral, eles veem atrás de voto e para ter voto de trabalhador (a) tem de atender nossa pauta".

Os trabalhadores reivindicam medidas como a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário, fim do Fator Previdenciário e do Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização. Estas bandeiras de luta constam da Pauta Trabalhista, elaborada em 2010 e entregue aos candidatos à Presidência da República naquele ano. “Naquela época, nossa esperança era de que o governo atendesse aos poucos a Pauta, mas isto não aconteceu. E foi uma decepção”, declarou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, lembrou a importância da Marcha não só na luta pelo fim do fator previdenciário e pela redução da jornada para 40h semanais, mas também na luta pela capacitação, educação e inclusão social. “O Brasil está aqui, com a voz nas ruas, mostrando o que queremos de melhor. Nós queremos um Brasil com bons empregos, de inclusão, dos brasileiros e das brasileiras”.

O Sintetel também marcou presença na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora. “É importante o Sindicato está aqui, pois trazemos a voz do trabalhador em telecomunicações, que está em sintonia com o movimento sindical brasileiro”, destacou Mariângela Pires do Nascimento, dirigente do Sintetel na Baixada Santista.

Marcos Milanez, secretário de Formação do Sintetel, destacou a importância do fim do Projeto de Lei 4330. “A terceirização em excesso precariza os direitos trabalhistas e aumenta a rotatividade”.