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Momento Mulher debate diversas maneiras de violência

Cerca de 40% das mulheres mortas no mundo foram assassinadas pelo marido, namorado ou ex-companheiro, e 35% de todas as mulheres devem sofrer agressão em casa ou na rua em algum momento de suas vidas, aponta relatório da Organização Mundial da Saúde.


A partir desses dados e relatos de acontecimentos de agressões das trabalhadoras da categoria, o Sintetel, em parceria com a TIVIT de Jundiaí, realizou na última sexta-feira, 4 de abril, a ação Momento Mulher, promovida pelo Sindicato.


A ação foi realizada na empresa em dois momentos, ao meio dia e às seis da tarde. Ao todo, cerca de 60 trabalhadores discutiram sobre violência de todo o tipo e assédio moral. A palestrante foi a secretária da Mulher do Sintetel, Cenise Monteiro, que abriu a palestra com a afirmação de que “hoje a violência está em todo lugar, seja em casa, na rua ou no supermercado”.


A secretária alertou às mulheres que marido que bate uma vez tem a tendência de agredir outras vezes, tornando isso um ciclo sem fim. “A mulher precisa denunciar. Estamos no século XXI e esse tipo de ação é inaceitável”.


Nos casos em que a mulher é agredida e não vai trabalhar, seja por vergonha ou dor, Cenise aconselhou a vítima a procurar o supervisor ou o delegado sindical. No caso da TIVIT de Jundiaí, a delegada Rosângela da Silva. Por meio de conversas, as faltas podem não ser descontadas e o supervisor ou delegado pode dar um suporte à vítima.


Cenise entende que a solução para o fim da violência não é fácil. “A vontade tem que vir do interior da vítima, que precisa juntar forças e dar um basta. Mas principalmente, a violência está relacionada à educação, que é a base da construção da cidadania. Ela deve ser refletida, debatida, para aos poucos perder força”.


No encerramento da palestra e durante a entrada dos trabalhadores na empresa, o Sintetel distribuiu cartilhas com informações referentes à Lei Maria da Penha. A Lei proíbe agressão doméstica contra a mulher e estabelece o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o que possibilita rapidez no processo.


Como denunciar casos de agressão?

Pela Central de Atendimento à Mulher, no número 180. Funciona 24 horas e a ligação é gratuita. Além disso, a Central não possui identificador de chamadas, o que possibilita a preservação da identidade de quem está denunciando.