À direita: Mônica Waldvogel, ao seu lado Sandra Bernardes, seguida de Maria Roseane,Adriana Castro e Cristiane Castro
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À direita: Mônica Waldvogel, ao seu lado Sandra Bernardes, seguida de Maria Roseane,Adriana Castro e Cristiane Castro
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A comemoração do Dia Internacional da Mulher, realizada pelo Sindicato no Clube Espéria, em 8 de março, teve como destaque o debate entre quatro mulheres que quebraram paradigmas ao atuarem em profissões que, no passado, eram exercidas pelos homens.
Mediado pela jornalista Mônica Waldvogel, o debate trouxe à tona a desigualdade de gênero. “Ninguém pode negar a força da mulher. Precisamos diminuir as diferenças salariais, de ascensão de carreira e muito mais. Aos poucos chegaremos lá”, afirmou Waldvogel ao dar início à conversa.
A supervisora de obras Sandra Bernardes, 37 anos, foi uma das participantes. Sandra chefia no seu dia a dia 40 homens. Formada em arquitetura, foi seu lado curioso que a fez botar a mão na massa e ir trabalhar com os “peões”. A supervisora contou que, de início, alguns pedreiros se recusavam a receber suas ordens, mas aos poucos foi conquistando espaço.
Outra trabalhadora que compunha o grupo era Maria Roseane Bezerra, 25 anos, supervisora de DG (Distribuidor Geral). Em seu local de trabalho, Maria é a única mulher. “Eu nem sabia o que era o DG no início. Chegava em casa chorando, mas acabei desenvolvendo minhas habilidades e fui promovida”. A trabalhadora também revelou ter sofrido preconceito ao assumir o cargo de supervisora.
Uma das primeiras ligadoras mulheres de sua empresa, Cristiane Castro, 43 anos, é técnica de ADSL. Cristiane contou que, por ser mulher, no início de sua carreira escutava muitas piadas preconceituosas referentes à sua incapacidade para o serviço. “Atualmente, quando vou à casa de um assinante resolver alguma coisa na banda larga, a maioria fala ‘olha é uma mulher. Agora a coisa vai funcionar’. Eu sempre dou risada”, conta a técnica.
Irmã de Cristiane, Adriana Castro, 42 anos, é ligadora de linhas telefônicas. Adriane afirma nunca ter sofrido preconceito e sempre ter sido bem recebida pelos homens da empresa.
Indagadas por Mônica, as quatro mulheres concordam que o lado “mãezona” e delicado são um dos grandes diferenciais no mercado de trabalho. “A mulher tem olhar clínico, tem mais foco. Os homens são mais desatentos”, conta a supervisora de obras.
Perguntas sobre o dia a dia das profissionais, assédio e até mesmo como lidar com a força física foram feitas às participantes da conversa pela plateia. A supervisora de obras Sandra Bernardes, concluiu sua participação com uma mensagem a todas as mulheres. “Sonho é uma coisa que todas devemos ter, porque ele faz com que busquemos nossos objetivos”.
A homenagem ao Dia Internacional da Mulher se estenderá para Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. O evento acontecerá no município de Bauru, em 22 de março, e contará com debate similar ao ocorrido em São Paulo, o qual será mediado pela jornalista regional Luciana Meira.