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Trabalhadores do Brasil recusam proposta lesiva da GVT

As assembleias dos empregados da GVT em todas as bases dos sindicatos estaduais filiados à Fenattel recusaram a proposta patronal. Apesar da forte pressão das chefias, a proposta foi derrotada e prevaleceu a vontade dos trabalhadores.

A Fenattel e o Sintetel já formalizaram o resultado das assembleias e exigiram que a empresa volte à mesa para rever sua posição, em especial, sobre as condições em que ela fere a legislação, como a falta de isonomia entre empregados que fazem as mesmas funções e aplicação de pisos salariais menores que os de convenções coletivas estaduais.

Veja o que está pendente para que a negociação avance

• Acabar com a forma de aplicação do índice de reajuste proporcional à data de admissão, o que implica em um tratamento diferenciado entre os empregados;

• Que a empresa negocie de forma transparente o PIV (programa de incentivos variáveis). Hoje a empresa manipula da forma que quer, tirando
assim a possibilidade de pagamento aos trabalhadores;

• Extensão do benefício cesta básica a
todos os trabalhadores. Hoje, este benefício é praticado para um pequeno número de trabalhadores no valor de R$ 250;

• Negociação do Plano “esperto” Inteligente, cuja possibilidade flexível existente não reajusta os benefícios, conforme reivindicam os trabalhadores.  Inclusive, nem todos tem acesso às opções do benefício,
Por exemplo, o convênio médico, no qual a empresa decide qual plano de saúde será liberado para cada cargo;

• Aplicar o reajuste no aluguel e manutenção de carros. Em algumas localidades onde a empresa paga o aluguel de carros, o reajuste é fundamental para a sobrevivência dos trabalhadores;

Os gastos relativos à manutenção de carros cresceram assustadoramente no último período, porém, a empresa oferece reajuste ZERO;

• Adoção de um piso salarial conforme reivindicação dos trabalhadores. A empresa continua a praticar pisos inferiores as Convenções Coletivas de Trabalho Estadual/Nacional para o pessoal de rede externa, posição esta inaceitável para uma operadora;

• Basta de terceirizações: na mesa de negociação a empresa nega que esteja terceirizando, porém, o que vemos na prática é um processo acelerado de terceirização;

• Fim do banco de horas que a empresa pratica de forma irregular, mantendo essa exploração absurda;

Além destes pontos, o que ficou patente no debate interno da comissão foi a atitude antissindical praticada pela empresa no decorrer dos últimos dias, demitindo representante sindical, boicotando a presença dos sindicatos na empresa para falar com os trabalhadores, além de demitir trabalhadores que se aproximaram do sindicato para efetuar reclamações quanto aos acontecimentos relatados acima sobre PIV, Plano “esperto” Inteligente e outros que foram relatados em todo os estados que a empresa opera.
 
A Fenattel e o Sintetel sabem que os atos antissindicais da GVT, que coíbe a sindicalização e persegue dirigentes sindicais, fizeram com que em alguns estados a pressão dos gerentes forçasse os empregados a votar a favor da proposta, por medo de represálias. Diante desse cenário, os sindicatos formalizarão denúncias no Ministério Público do Trabalho e nas Superintendências Regionais do Trabalho.

A GVT, da multinacional francesa VIVENDI, precisa aprender a respeitar os trabalhadores e suas organizações.

A denúncia da conduta dela também foi encaminhada à UNI (Sindicato Global) que pressionará a matriz da multinacional.