Nesta próxima quinta-feira, dia 31, começa a negociação nacional com a Oi e tudo leva a crer que, este ano, o processo para a renovação do Acordo Coletivo será difícil.
O cenário, após as mudanças ocorridas na diretoria da empresa, com a chegada dos portugueses ao comando, aponta para a necessidade de uma forte mobilização de todos os trabalhadores.
A nova gestão é focada nos custos e baseada nas dificuldades vivenciadas na Europa, mais especificamente em Portugal. Por lá, a principal reivindicação dos sindicatos é a manutenção dos empregos, ainda que sem qualquer aumento salarial. No Brasil, a realidade é outra. A economia é muito maior e o mercado brasileiro está em expansão.
A Comissão Nacional de Negociação da Fenattel, Federação a qual o Sintetel é filiado, não aceitará nenhum tipo de retrocesso.
Algumas reivindicações são básicas para este ano:
- A uniformização da jornada de trabalho. Todo mundo tem que trabalhar 40h semanais.
- Reajuste salarial precisa ser para todos os trabalhadores, independente da faixa e acima da inflação.
- O presidente precisa recuar de sua antipática decisão de suspender o recesso de fim de ano. Afinal de contas foram os próprios dirigentes da empresa que informaram ao conjunto dos empregados como seria o horário e o expediente entre o Natal e o Ano Novo. Muitos se programaram, compraram passagens aéreas, reservaram hotéis, etc.
- É fundamental uma boa antecipação do Placar. Até mesmo para apagar a má lembrança deste início de ano, quando não houve o pagamento do PPR e os sindicatos, junto com a Fenattel, tiveram que fazer das tripas coração para arrancarem um abono compensatório.
Nesta quinta-feira será dada a largada nas negociações. A Comissão da Fenattel (que representa os principais sindicatos do país) estará na sede da empresa, no Rio de Janeiro, reunida com os dirigentes da Oi para apresentar as reivindicações dos trabalhadores brasileiros e discutir a renovação do acordo coletivo de trabalho 2013/2014.