Após os trabalhadores decidirem pela paralisação em assembleia em 4 de setembro, a empresa recuou e chamou o Sindicato para uma nova rodada de negociações, dia 5, na sede do Sintetel, em São Paulo.
A bancada dos trabalhadores iniciou a negociação afirmando que a empresa deveria apresentar uma proposta superior a R$ 500 oferecidos anteriormente para o pagamento da 1ª parcela do PPR/2013.
A Telemont sugeriu como alternativa a substituição do valor de R$ 500 pelo valor de R$ 608,95, alterando desta forma a proposta da reunião de 3 de setembro. O Sintetel novamente insistiu que o valor não atenderia aos anseios da categoria. Desta forma, a empresa reconsiderou sua posição e propôs o valor de R$ 700.
Em assembleia realizada em 6 de setembro, a proposta foi aprovada por pequena margem. O pagamento será efetuado em 20 de setembro.
A proposta final que levou ao consenso entre as partes ficou assim:
• Valor potencial do 1º semestre: R$ 700 proporcional ao contrato de trabalho, sendo o valor mínimo de R$ 116, considerando admissões ocorridas no período de 1º de janeiro de 2013 a 15 de junho de 2013.
• O valor potencial da 2ª parcela é fixado em R$ 1.017,90 referente às metas a serem ajustadas pelas partes.
• Sindicato e empresa voltam a se reunir no período de 9 a 13 de setembro para alinhamento de correções no documento firmado entre as partes em janeiro de 2013.
Para entender o caso
A história já vem de longe. Em 23 de março, o Sindicato se reuniu com a empresa e reivindicou que ela comunicasse aos trabalhadores as metas e os critérios para o pagamento do PPR/2013. O Sintetel alertou também que a Telemont afixasse em quadro de avisos a evolução do atingimento das metas.
Entretanto, a empresa não fez nada daquilo que foi solicitado. A Telemont demonstrou total falta de transparência neste processo e nada divulgou aos seus trabalhadores desde então. O Sintetel cobrou novamente a empresa e, mais uma vez, a Telemont omitiu as informações.
Em 30 de agosto, ao verificarem que os depósitos estavam próximo do zero, os trabalhadores cruzaram os braços em protesto ao desrespeito da empresa, que solicitou reunião com o Sindicato e elaborou o plano de ação, apresentado pelo Sintetel em assembleia e recusado pelos trabalhadores.
A Telemont é uma prestadora de serviços em telecomunicações, atua em Campinas e região e possui cerca de 1.500 trabalhadores.