Sindicalistas, com o apoio da Força Sindical, iniciam nesta sexta-feira, 07, uma campanha de esclarecimento à população sobre o rombo nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Com o auxílio de panfletos e jornais, o propósito da campanha será explicar à população que os trabalhadores, com carteira assinada, estão com menos dinheiro na conta do FGTS do que têm direito.
O trabalho de conscientização acontece no Viaduto do Chá (Centro de São Paulo) e conta com a presença do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho. “É preciso esclarecer ao trabalhador que ele está sendo prejudicado por um planejamento feito pelo governo”, conta o sindicalista.
O que acontece é que a Taxa Referencial (TR) - índice usado para corrigir as contas do FGTS - desde 1999 não é aplicada pelo Governo federal conforme os números da inflação anual. Com isso, o dinheiro do trabalhador vem ficando defasado.
Diversos sindicatos já ingressaram no Poder Judiciário visando à correção retroativa dessas perdas, gerando ações, que somadas podem se transformar no maior processo judicial da história do país, em termos de pessoas e dinheiro envolvidos.
Na última semana, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados convocou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Quenio Cerqueira França, para prestar esclarecimentos.
Veja o que aconteceu:
• No ano 2000 a inflação foi de 5,27%, e o governo aplicou 2,09% nas contas;
• Em 2005 a inflação foi de 5,05%, e aplicaram 2,83% nas contas;
• Em 2009 a inflação foi de 4,11%, e as contas receberam só 0,7%;
• Desde setembro de 2012 a correção das contas tem sido de 0%.