Depois de quatro dias de negociações a empresa Vivo, alegando dificuldades conjunturais, apresentou uma proposta muito distante da sua capacidade e bem abaixo do merecimento do seu valoroso quadro de trabalhadores.
As alegações da empresa são, entre outras desculpas, a diminuição do lucro, queda na receita do serviço de telefonia fixa e o corte de dividendos de acionistas.
O Sintetel e os trabalhadores não concordam com as argumentações da Vivo já que a mesma ostenta a liderança do mercado com mais de 90 milhões de clientes.
Além disso, a empresa teve um crescimento de 18% em acessos móveis, tem consolidada a liderança em acessos pós-pagos e que mesmo com a alegada queda de lucro líquido até o presente período do ano o mesmo já passa de R$1,1 bilhão.
Proposta recusada
A proposta da empresa não apresenta reajuste salarial em 1º de setembro que é a data-base da categoria.
Também querem protelar o reajuste para janeiro de 2013 oferecendo, em contrapartida, um abono salarial. Além de não contemplar a inflação do período, a proposta da empresa estabelece faixas limites para o pagamento do abono, tendo como teto máximo salários de até R$ 5 mil. Para quem ganha acima disso, a Vivo estipulou um valor fixo que equivale ao mesmo valor que ganharia os que estão no teto máximo.
O Sintetel recusou a proposta na mesa de negociação e reivindica recomposição salarial, aumento real e sem a implantação de faixas salariais.
Com relação às cláusulas sociais, o Sindicato insiste na manutenção das já existentes e unificação dos benefícios prevalecendo aqueles que tiverem os valores maiores e melhores condições.
As próximas reuniões estão agendadas para 7 e 8 de agosto.