Enquanto nas demais operadoras as negociações têm sido bem encaminhadas, na Oi a primeira reunião para a renovação do acordo coletivo de trabalho foi muito ruim. Os diretores da empresa reclamaram de muitos problemas e dificuldades. Do início ao fim, um verdadeiro chororô…
Responsabilidade de quem?
Esta primeira reunião só serviu para pontuar que os acionistas majoritários são os responsáveis pelos atuais números negativos da empresa.
Eles se mostraram, durante estes últimos anos, completamente inaptos e até irresponsáveis com a administração da Oi, o que beira ao ridículo para uma empresa de tal porte. Vejamos a seguir os desmandos:
• Desrespeito com o cliente.
• Terceirização irresponsável.
• Descaso com a rede.
• Falta de investimento na banda larga.
• Desprezo com a qualidade.
• Incapacidade de gestão.
Altos executivos contratados a peso de ouro pelos acionistas majoritários (e agora, mandados embora com indenizações milionárias). Eles afundaram a empresa e ainda saíram com os bolsos cheios!
Quem paga a conta?
No raciocínio deles, a coisa é mais ou menos assim: eles erram, nós pagamos. Eles entram com a incompetência e nós entramos com o sacrifício.
É evidente que não podemos e não aceitaremos uma responsabilidade que não é nossa. Não fomos nós que erramos. Ao contrário, inúmeras vezes alertamos para o descaminho e para os erros primários de gestão.
Vocês trabalhadores, ralaram como sempre. Esforçaram-se. Suaram a camisa. Se não fosse pela vossa competência e dedicação, a empresa estaria numa situação ainda pior.
E o que os patrões propõem?
A proposta indecente apresentada na reunião foi a seguinte:
- reajuste salarial de 5% a partir do ano que vem e somente para quem ganha até R$ 5 mil;
- aumento de oitenta centavos no tíquete;
- aumento de R$ 15 no auxílio-creche;
- aumento de R$ 42,00 no auxílio-medicamento;
- PLACAR inferior a meio-salário.
Evidentemente, nossa resposta foi uma só: NÃO!
As próximas reuniões ocorrerão nos dias 7, 23 e 30 de novembro. Para que tenhamos sucesso neste processo de negociação, mais do que nunca, precisaremos do apoio e do empenho de todos os trabalhadores.