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SINTETEL e UGT marcam presença no curso “Mulheres Sindicalistas e as Negociações Coletivas”

A delegação da União Geral dos Trabalhadores (UGT) está em Luziânia (GO) participando do curso “Mulheres Sindicalistas e as Negociações Coletivas”, promovido pelo Ministério das Mulheres.

O curso, que acontece de 04 a 07 de novembro, e reúne delegações das sete maiores centrais sindicais do país e tem como foco a capacitação em negociação coletiva com perspectiva de igualdade de gênero no mundo do trabalho. A iniciativa integra as ações do Ministério das Mulheres, visando ampliar a atuação feminina nas mesas de negociação e promover a igualdade salarial.

A delegação da UGT conta com a participação de 21 mulheres sindicalistas. Maria Edna Medeiros, secretária da Mulher do SINTETEL e da UGT, participa do evento junto de outras lideranças como Cleonice Caetano Souza, vice-presidente da central, e demais mulheres da UGT e do setor de telecomunicação, com a finalidade de fortalecer a representatividade feminina no movimento sindical.

Durante a programação, destacam-se as contribuições de especialistas como Milena Prado e Cristina Vieceli, ambas do DIEESE, e Marilane Teixeira, do CESiT/Unicamp, que trouxeram reflexões fundamentais sobre os desafios e avanços nas relações de trabalho.

Na abertura do evento, a secretária nacional de autonomia econômica e política de cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, defendeu o engajamento dos poderes da República no cumprimento da Lei da Igualdade Salarial, que garante remuneração igual para mulheres e homens que exercem a mesma função. “A igualdade salarial é um direito das mulheres, e essa é a nossa luta. Por isso, temos que discutir o cumprimento da lei no Parlamento, nos tribunais superiores e com as universidades e preparar as mulheres para as mesas de negociações, afirmou a companheira.

O curso ocorre após à divulgação do 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, que revelou que as mulheres ainda recebem, em média, 21,2% a menos que os homens — uma diferença de R$1.049,67.

Entre as ações do Ministério das Mulheres para enfrentar essa realidade estão o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, lançado em fevereiro de 2025, e o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, atualmente em sua 7ª edição. Rosane da Silva, reforçou: “É fundamental ter uma lei que garanta esse direito para todas as mulheres, mas é fundamental também haver ação pública e ações das empresas para que, de fato, possamos avançar no rumo da igualdade”.

A expectativa é que o curso fortaleça a atuação das mulheres sindicalistas nas negociações coletivas e contribua para a construção de um mundo do trabalho mais justo e igualitário. A segunda etapa da formação está prevista para maio de 2026.

As entidades seguem firmes em seus compromissos pela defesa da equidade de gênero.