Na terça-feira, 28/10, aconteceu o lançamento do Fórum de Mulheres na Saúde, um espaço permanente de diálogo e construção de políticas públicas voltadas à saúde feminina. O evento aconteceu em Brasília, na sede da Organização Pan- Americana da Saúde, com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da Ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
A iniciativa reuniu lideranças dos movimentos sociais, sindicais e artistas para discutir temas como saúde sexual e reprodutiva, endometriose, parto e pós-parto, menopausa, saúde menstrual, saúde mental, violência de gênero e prevenção de câncer.
Na ocasião, o ministro da Saúde informou sobre as ações do Governo, como o Programa Dignidade Menstrual, que promove a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para cerca de 24 milhões de mulheres, no qual beneficiou 2,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade ou baixa renda.
O evento ocorreu de forma hibrida. A secretária da Mulher do SINTETEL, Maria Edna Medeiros, representou a entidade sindical, bem como a FENATTEL, CONTCOP e a central sindical UGT.
Reforçando a importância da criação deste fórum, nossa representante das telecomunicações fala do momento essencial, porque é importante falar do Outubro Rosa, mas precisamos falar do autocuidado, da saúde mental e de tantos outros temas que impactam diretamente a vida das mulheres com suas múltiplas jornadas. Discutir a saúde das mulheres de forma integral exige um olhar com perspectiva de gênero, considerando a diversidade e as diferentes realidades, sobretudo das que vivem em situação de vulnerabilidade.
E sobre a abordagem de aspectos fundamentais, como:
- A múltipla jornada de trabalho, que sobrecarrega as mulheres entre o emprego remunerado e o cuidado doméstico, elevando o risco de esgotamento, estresse e depressão.
- A divisão sexual do trabalho, que reforça desigualdades salariais e limita oportunidades profissionais.
- As desigualdades estruturais de raça, classe e orientação sexual, que agravam os riscos e os adoecimentos.
- Os fatores biológicos e sociais, como menstruação, gestação, menopausa, endometriose, violência, assédio e feminicídio, que afetam profundamente a saúde e o bem-estar.
A criação deste fórum é um passo fundamental para reconhecer e enfrentar essas desigualdades que atravessam a vida e o trabalho das mulheres, finaliza.
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