Na última quinta-feira (10/04), o SINTETEL se reuniu com a Claro para apresentar as reivindicações dos trabalhadores. O encontro trimestral faz parte da relação que o Sindicato construiu com a empresa, ao longo dos anos, e tem como objetivo encaminhar uma série de reivindicações e demandas dos trabalhadores que foram coletadas pelos dirigentes em suas bases.
Além dos dirigentes sindicais do SINTETEL, também participaram da reunião companheiros das entidades filiadas à FENATTEL nos estados.
Confira as demandas dos trabalhadores apresentadas à Claro:
• Periculosidade dos IAT’S
A comissão laboral questiona a empresa sobre o porquê os trabalhadores ainda usam escadas e não recebem a periculosidade. Os dirigentes pontuam para o risco que esse trabalhador tem, independente em ser ação esporádica, ou não.
Reposta da Claro: a empresa afirma que os técnicos de instalação não estão expostos ao risco. Que já foi realizada perícia sobre o assunto e ela constatou que, não basta subir às escadas, precisa haver frequência suficiente na ação, que justifique o pagamento da periculosidade. A empresa afirma ainda que as escadas foram retiradas do técnico CQ, mas continuam com o IAT Manutenção, por entender que o equipamento está presente para facilitar o atendimento aos clientes.
• Banco de horas e registro de ponto alternativo
Os trabalhadores alegam que, após a jornada, são orientados a registrar o ponto apenas das duas horas permitidas para banco de horas. Após, eles devem registrar o ponto manualmente.
Os sindicatos entendem que, de acordo com a norma do banco, apenas as 2 primeiras horas após a jornada são adicionadas ao banco horas, as demais, pagas como horas extras.
Reposta da Claro: Para empresa o gestor que estiver dando essa orientação, está cometendo falta grave. Segundo a operadora, a irregularidade será tratada e afirma que toda e qualquer hora-extra, em função da necessidade excepcional de atendimento à demanda, deve ser comunicada ao gestor imediato. Quanto aos trabalhadores, estes devem registrar o ponto de forma oficial.
• Torres periculosidade e deslocamento do pessoal de campo
Os sindicatos reivindicam a periculosidade para os trabalhadores de Torres. Que a Claro trate a situação dos trabalhadores de campo quanto aos deslocamentos acima de 4 km de distância.
Resposta da Claro: A empresa diz que ainda não tem uma resposta da área de operações. Afirma que estão realizando estudos mais aprofundado sobre a periculosidade e os deslocamentos, envolvendo algumas áreas e, assim que tiver uma resposta, informará aos sindicatos.
• Relatório de igualdade salarial entre homens e mulheres
A comissão quer que a Claro traga um relatório com dados e ações que visem mitigar tais diferenças.
Resposta da Claro: Informa que já tem atuações voltadas para a igualdade salarial e atividades desenvolvidas em diversas áreas, junto com a estrutura organizacional da empresa. Se compromete verificar com o setor de diversidade e trará dados aos sindicatos.
• NR 1
Os sindicatos questionam sobre como a empresa está tratando a saúde mental, suas ações, relatórios e medidas voltadas ao tema, mediante as recentes atualizações da que estão sendo desenvolvidas pelo governo.
Resposta da Claro: Temos a área de saúde, de psicossocial e uma assistente social para antecipar situações. Trabalhamos a comunicação para falar sobre o tema. Além de várias ações, vinculadas a área de Bem-estar. Com relação ao assédio moral e sexual, temos uma iniciativa que fazemos por meio de um programa de prevenção. Se comprometeu em fazer uma reunião com o sindicato.
• PCD
Os sindicatos pedem um relatório sobre as ações de inclusão do PCD na empresa.
Resposta da Claro – Afirma que vê como positivo a integração da diversidade. A política da empresa é ter diversidade em todos os sentidos e formas. Segundo os representantes patronais, a empresa mantém um controle sobre a temática, e afirma ser rigorosa com quem pratica ações contrárias à ética da Claro.
• Cargos e salários
O Sindicato cobra da Claro um programa de plano de carreira e que contemple os trabalhadores de diversas áreas. E que os trabalhadores não têm a devida informação e clareza sobre os processos.
Resposta da Claro: A empresa diz que já possui um programa de cargos e salários. Afirma que toda movimentação e toda vaga que surge, antes de buscar profissionais no mercado, é feita a divulgação interna por meio da comunicação, as segundas-feiras. E afirmou que 70% das promoções, são selecionados trabalhadores internos da empresa. Além disso, o trabalhador pode se inscrever e participar dos processos. Infelizmente, nem todos conseguem acessar toda semana. Contudo, aceitam sugestões das entidades sindicais para melhoria do plano.
• PPR
As entidades laborais entendem que a política ‘divisionista’ de PPR adotado pela empresa, de segmentar por áreas e depois, há dois anos, a questão da regionalidade, propõe uma separação e não estabelece o princípio da isonomia entre os trabalhadores. O SINTETEL e a FENATTEL, além de defender a unicidade e o fim do divisionismo, também cobraram que os resultados sejam repassados com antecedência. Assim as entidades têm tempo hábil para fazer a divulgação aos trabalhadores, pois essa é uma conquista dos sindicatos.
Resposta da Claro: A empresa alega que a questão da regionalidade é uma questão cultural da Claro, mas entendem que na próxima negociação do Programa irão trabalhar esse engajamento. Sobre a divulgação, que trabalha para que a informação sobre os resultados chegue com antecedência aos sindicatos, porém a formalização destas informações não depende só da companhia no Brasil, e sim do que vem de outros países.
• Celular corporativo para todos e troca dos celulares defasados para os que possuem
A comissão da FENATTEL, mais uma vez, cobra que a empresa forneça aparelhos de qualidades aos seus trabalhadores. E entende que todos os trabalhadores deveriam ter acesso a um aparelho moderno e de qualidade, visto que hoje os trabalhadores usam seu próprio celular para executar as atividades inerentes à empresa. Lembrando que hoje é um número limitado de trabalhadores que possuem tal benefício.
Resposta da Claro: A operadora garante possuir uma política de disponibilização de telefones para quem o utiliza como ferramenta de trabalho. Áreas ou cargos que precisam do telefone como ferramenta de trabalho podem contar com essa política, e obviamente que os trabalhadores não pagam qualquer valor em sua utilização. Já para quem não precisa da ferramenta nas atividades, a empresa afirma que os trabalhadores podem contar com descontos na compra de aparelhos vendidos a preço de custo.
Trabalhadores, algumas das respostas da Claro foram conclusivas, outras inconclusivas e algumas evasivas.
O SINTETEL e a FENATTEL continuarão conversando com a empresa sempre com o objetivo de melhorar o clima organizacional para termos um trabalhador satisfeito no exercício de suas atividades. Ganham os trabalhadores, a empresa e o SINTETEL que organiza a categoria.
E lembrem-se, quaisquer que sejam as adversidades no seu ambiente de trabalho, acione o seu Sindicato.
SINTETEL, o Sindicato que corre ao lado e junto com os trabalhadores!