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SINTETEL e FENATTEL promoveram eventos que encerraram o Mês da Mulher

Na quinta-feira, 27/03, o SINTETEL e a FENATTEL realizaram dois eventos no auditório da Escola DIEESE de Ciências do Trabalho para celebrar o encerramento do Mês da Mulher. Pela manhã, o SINTETEL reuniu as dirigentes de todo o estado de São Paulo, a diretoria e funcionárias da entidade. Já no início da tarde, aconteceu uma live promovido pela Federação.

Gilberto Dourado, presidente do SINTETEL; José Roberto, presidente da CONTCOP; Cristiane do Nascimento, diretora social do SINTETEL e vice-presidente do Comitê da UNI Américas Mulheres; Maria Edna Medeiros, secretária eleita da Mulher; Canindé Pegado, secretário Geral da UGT; Barbara Vallejos, do DIEESE; e a socióloga e palestrante, Deise Recoaro; falaram na abertura das atividades para as trabalhadoras.

“Reservamos esta data para celebrar com vocês. Estamos em meio uma crise que é a saúde mental no ambiente de trabalho. Temos que criar mecanismo para lidar com essa patologia que afeta a todos, e as mulheres são as mais atingidas por conta da sua grande demanda e jornada. Precisamos promover essa luta! Vamos nos unir, homens e mulheres”, disse Gilberto. 

O vice-presidente do SINTETEL e presidente da CONTCOP, José Roberto, agradeceu a participação de todas.  “Agradeço a participação de todas as companheiras do SINTETEL que engradecem este evento e a nossa luta por maior valorização da mulher trabalhadora e sua essencial participação no mundo do trabalho”. 

Maria Edna Medeiros, que estará à frente da Secretaria da Mulher do Sindicato, deu boas-vindas e sintetizou as bandeiras da luta feminina.  “Difícil sintetizar nossa luta, difícil colocar somente uma prioridade, porque estamos falando de um grupo que, incansavelmente, durante anos, fala a mesma coisa. Muitas mulheres são invisíveis na sociedade, outras são executadas de forma brutal, porque disseram NÃO aos seus algozes. Mas, reforço aqui que a nossa meta para os próximos quatro anos é a formação e a inclusão de mais mulheres no mercado de trabalho e no movimento sindical”, disse a futura secretária da mulher. 

Boa notícia
Já Cristiane do Nascimento, em sua fala reafirmou o compromisso da entidade sindical em melhorar a situação das mulheres que sofrem ou que já sofreram algum tipo de violência ou assédio. Falou do Projeto, de sua autoria, que ‘determina o uso de tornozeleira eletrônica’ por homens que praticam a violência doméstica. “Em média, quatro mulheres são mortas diariamente. A ideia é colocar no agressor uma tornozeleira eletrônica, a qual emitirá um aviso sonoro sempre que o agressor se aproximar da vítima. A utilização do equipamento de segurança pode coibir, além da violência, o feminicídio”, disse.

Boa notícia! Durante o evento foi anunciado que o Plenário do Senado aprovou o projeto de lei que permite o monitoramento de agressores de mulheres por meio de tornozeleiras eletrônicas. A notícia foi comemorada pelas trabalhadoras presentes.

Nisia Floresta Brasileira Augusta
Canindé Pegado, representou a UGT e o presidente da central Ricardo Patah, que atualmente está acompanhando a comitiva do Governo Federal em viagem ao Vietnã e Japão. Na ocasião, o sindicalista contou um pouco da história da luta da mulher trabalhadora, que, segundo ele, se iniciou nos primórdios dos anos de 1928 – com a eleição da 1ª prefeita em uma cidade do Rio Grande do Norte. Segundo o dirigente, Nisia Floresta Brasileira Augusta foi a percursoras da luta feminina no Brasil. 

Nísia Floresta Brasileira Augusta, nasceu em Papari, RN, em 12 de outubro de 1810. Foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. Primeira na educação feminista no Brasil, com protagonismo nas letras, no jornalismo e nos movimentos sociais. Defensora de ideais abolicionistas, republicanos e principalmente feministas, posicionamentos inovadores na época, influenciou a prática educacional brasileira, rompendo limites do lugar social destinado à mulher. Capaz de estabelecer um diálogo entre ideias europeias e o contexto brasileiro no qual viveu, dedicou obras e ensinos sobre a condição feminina e foi considerada pioneira do feminismo no Brasil, além de denunciar injustiças contra escravos e indígenas brasileiros.

Apresentando a Escola DIEESE de Ciências do Trabalho
Barbara Vallejos, professora e coordenadora do DIEESE, apresentou o cenário da participação feminina no mercado de trabalho e das propostas de formação para as mulheres, promovidas pelo DIEESE. 

Formação de mais mulheres no Sintetel
Em seguida, Deise Recoaro, socióloga, feminista e sindicalista, palestrou sobre a conjuntura e a atual participação da mulher na luta por igualdade salarial e de gênero. E para iniciar a proposta formativa, indicou um filme para todas assistirem durante a atividade. Em sessão cinema, com direito a pipoca e refrigerante, Deise apresentou o filme Revolução em Dangenham, para em seguida promover um debate com as presentes.

O filme ‘Revolução Dagenham' - É um longa-metragem, baseado em fatos reais, que retrata a luta das mulheres pela igualdade salarial. Em Dagenham, na Inglaterra, as 187 mulheres, que eram minoria absoluta e recebem pouco e trabalham em condições precárias, sob a liderança de Rita O'Grady iniciaram uma greve que abalou o país e mudou o mundo. As mulheres passaram a reivindicar a igualdade de direitos em relação aos salários, o fim da discriminação sexual, reconhecimento e melhorias nas condições de trabalho.
Rita O’Grady, não era a líder sindical, mas foi a responsável por comandar as operárias frente aos 55 mil trabalhadores homens da companhia.

FENATTEL promove a live para as trabalhadoras e trabalhadores

Na parte da tarde, pela FENATTEL aconteceu uma live que trouxe como tema, a frase da ONU Mulheres: Para TODAS as mulheres e meninas: direitos, igualdade e poder. O evento foi transmitido ao vivo pelo Youtube da Federação.

Na ocasião, a live foi mediada por Maria Edna Medeiros, que também é a secretária da Mulher a FENATTEL, e contou com a participação da representante da ONU Mulheres, especialista em empoderamento econômico das mulheres, Flávia de Moura Muniz. A ideia foi promover o encerramento do Mês das Mulheres, com um evento especial de reconhecimento, luta e valorização!

O presidente da FENATTEL, Almir Munhoz, iniciou a live enfatizando a importância da unidade. “Quero agradecer as companheiras que realizam atividades que visam a melhor condição, não só das mulheres, mas de todos nossos representados. Cada um cumprindo o seu papel, seus deveres.  É assim que se constrói os sindicatos, a federação, com trabalho conjunto. É necessário que haja pessoas com vontade de fazer. Que este evento seja produtivo e que impulsione nossa luta por dias melhores para todos e todas”, disse Almir. 

A palestrante Flavia Muniz falou sobre os 30 anos da Plataforma de Ação de Pequim, conhecida como Pequim+30, no qual celebra o aniversário da 4ª Conferência Mundial sobre a mulher, que reuniu 200 países, inclusive o Brasil, em Pequim, no ano de 1995.
Na ocasião, foi construída uma das agendas mais completas sobre os direitos das mulheres em todo o mundo.  

“Março é um mês muito simbólico, é um mês que traz visibilidade para nossas lutas, mas a gente sabe que nossa caminhada vai muito além de uma data no calendário. Por isso que momentos como esse são tão importantes, pois nos ajudam a olhar para a frente”, disse Flávia.

Durante a live, as participantes enviaram perguntas para a palestrante. 

Ao final da live, o presidente da Federação, Almir Munhoz, foi enfático em relação a participação das mulheres: “O que classifico como mais importante é que, precisamos fazer com que as leis sejam cumpridas e as mulheres sejam mais respeitadas. Precisamos reivindicar, ir para a rua, ir para luta. Mostrar que estas reinvindicações são fortes e necessárias”. 

Após o evento online, foi apresentado um carrossel de fotos das atividades do Março Mulheres da FENATTEL.