Na última segunda-feira, (16/12), liderança sindicais e autoridades de saúde se reuniram para discutir políticas e estratégias voltadas à saúde do trabalhador.
O encontro, coordenado por Cleonice Caetano, vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), contou com a participação de Luís Henrique Leão, coordenador-geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde; do SINTETEL, de representantes do Sinsaúde Campinas e Região; e outras entidades sindicais.
O objetivo do encontro foi ressaltar o papel crucial das entidades sindicais na formulação e execução de ações relacionadas à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. “A participação sindical é essencial para fortalecer a vigilância em saúde e garantir condições dignas e seguras no ambiente de trabalho”, afirmou Cleonice.
Outro ponto central do encontro foi a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e promovida pelo Ministério da Saúde, que ocorrerá em agosto de 2025. A conferência tem como propósito ampliar o diálogo sobre políticas públicas que integrem saúde, trabalho e cidadania.
O presidente do SINTETEL, Gilberto Dourado, foi representado na ocasião por Marcos Milanez, diretor-secretário da entidade sindical. “A próxima conferência vai trazer a luz da verdade dos acidentes de trabalho e doenças profissionais no Brasil. SINTETEL está participando das discussões da NR-10, que vai melhorar a Norma e contribuir para diminuir os acidentes com quedas”, disse Milanez.
“Infelizmente uma ala patronal não participa das discussões e acha que o técnico em Telecom trabalha em casa, desconsiderando os riscos por conta da proximidade com rede elétrica”, disse Canindé Pegado, secretário-Geral da UGT e atuante na área de telecom.
Já o presidente da UGT, Ricardo Patah, reforçou a relevância do tema, afirmando que “a saúde do trabalhador é um direito fundamental e uma prioridade para o movimento sindical. Debater esse tema é essencial para promover a justiça social e a dignidade no trabalho”.
O representante do Ministério da Saúde, Luís Henrique Leão, trouxe à tona a grave questão dos óbitos de trabalhadores, que ainda são frequentes no Brasil. Ele propôs a criação de um plano nacional de redução de fatalidades, além da formação de câmaras setoriais de investigação para garantir que nenhuma morte passe despercebida.
A 5ª Conferência será guiada por três eixos principais, que são:
• Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora;
• Novas Relações de Trabalho e Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora;
• Participação Popular na Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras para o Controle Social.
Esses pilares reforçam a importância de integrar a sociedade no debate e na formulação de políticas que garantam condições seguras e dignas no trabalho, além de promoverem a articulação entre governo e a sociedade civil.
O encontro consolidou o compromisso entre a central UGT e as entidades sindicais em ampliar a luta por condições de trabalho mais seguras e por uma saúde do trabalhador, que seja referência na promoção da qualidade de vida e justiça social.