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V.tal quer prejudicar os trabalhadores administrativos no PPR 2024

A empresa V.tal que domina o que é de mais moderno no mundo, que são as telecomunicações, quer usar métodos medievais na condução das negociações do PPR 2024.

Por não ter uma política de clima organizacional que retenha seus trabalhadores administrativos por empatia, ela adota práticas primitivas, com prejuízos financeiros e que cria critérios diferentes entre o operacional e o administrativo para pagamento do PPR. Tal atitude fere o princípio da isonomia, ou seja, a igualdade de direitos. Também afronta a Súmula 451 do Tribunal Superior do Trabalho – TST, o que não pode ser admitido.

Abaixo seguem os pontos da proposta que a V.tal quer precarizar. A empresa não quer pagar PPR para:

a) Desligados no período de experiência, independente do motivo;

b) Aqueles que pedirem demissão até 31/12/2024, ou seja, o trabalhador produz ano inteiro e depois perde tudo;

c) Aprendizes, estagiários, temporários, terceiros, autônomos, membros do conselho de administração, demitidos por justa causa até 31/12/2024, aposentados por invalidez (exceto durante o ano de 2024 cujo pagamento será proporcional aos meses trabalhados) e empregado com mais de 11 faltas injustificadas;

d)  O empregado que tenha menos de 91 dias de efetivo trabalho em 2024 e seja elegível às demais condições do presente acordo.

A V.tal errou ao tentar usar os métodos de negociação usados por uma operadora que negociava com “alguns sindicatos” e depois impunha goela abaixo a sua proposta, na maioria das vezes, desfavorável aos trabalhadores.

A precipitação da empresa em concluir as negociações apenas com um grupo sindical foi uma atitude imatura e inconsequente, pois o SINTETEL não permitiria que a sua grande base, predominantemente de trabalhadores administrativos, fosse prejudicada.

A empresa tem utilizado uma forma de pressão ao dizer que não fará o pagamento da 1ª parcela do PPR 2024. Trata-se de uma posição arbitrária pois, se ela quiser, pode muito bem efetuar este pagamento.

Trabalhadoras e trabalhadores, o SINTETEL não tem negociado estas práticas restritivas com nenhuma empresa similar à V.tal, uma vez que não é justo produzir riqueza para a empresa e não receber a sua parte.

A intenção da V.tal é usar do dinheiro que caberia a todos os trabalhadores para pagar somente para uma parte. Ou seja, ela está fazendo o papel de Robin Hood às avessas, pois ao invés de usar dos seus recursos que são muitos, pois tem por trás instituições bancárias poderosas, subtrai dos trabalhadores e diminui substancialmente o número de trabalhadores elegíveis.

Além do que, com essa atitude unilateral, poderá sofrer uma avalanche de processos trabalhistas daqueles trabalhadores que pedirem desligamento da empresa e se sentirem prejudicados.

O SINTETEL continua aberto às negociações e imprimirá todos os esforços possíveis para que os trabalhadores administrativos, especialmente os de São Paulo, não sejam prejudicados.

Sozinho o problema é seu. Juntos o problema é nosso! Não fique só. Fique sócio do Sindicato!