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Encontro ocorrido em Brasília discutiu a saúde do trabalhador e controle social do SUS

De 16 a 18 de julho, aconteceu o 10º Encontro das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, o ‘Cisttão’.

O 10º ‘Cisttão’ reuniu mais de 300 pessoas de todos os cantos do país.


O evento, foi organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde foi realizado em Brasília, e teve a função de promover o debate e troca de experiências sobre questões de saúde de trabalhadores e trabalhadoras. Ouvir demandas de diferentes regiões para ampliar o controle social e a promoção de saúde do trabalhador no SUS.

Composto por lideranças sindicais e sociais, assim como conselheiros de saúde de estados e municípios, coordenadores de centros de referência, entre outros profissionais, que participaram do evento para discutir melhorias para a saúde e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

O Cisttão é o encontro dos representantes de todas as Comissões de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt’s) vinculadas aos conselhos estaduais, municipais e nacional de saúde.

A UGT também participou representada por vários companheiros e companheiras, entre elas nossa diretora Maria Edna de Medeiros que também é diretora do SINTETEL, da FENATTEL e da Contcop.

Em sua primeira intervenção, Maria Edna destacou o papel das telecomunicações durante a pandemia, com destaque para promover a comunicação social e sair da invisibilidade, pois sempre fomos um serviço essencial e continuamos a ser até hoje. 

Enfrentamos muitos os desafios tais como: o teletrabalho e sua falta de regulação, a falta de regulamentação da profissão de teleoperador e os altos índices de adoecimento em todo o setor das telecomunicações. Também propôs avançar nos cuidados regionais de apoio e principalmente avançar nas negociações coletivas para proteção da saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras.

“Ressalto os desafios dentro dos processos negociais e a falta de união que abre precedente para o avanço dos patronais em usar os atrativos para avançar em precarização da mão de obra, principalmente no Norte e Nordeste”, pontua Maria Edna.

O Cisttão tem a função de debater, formular, questionar e apontar caminhos para a efetiva implementação, tanto da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora [PNSTT] como da Política de Vigilância Nacional, que engloba a saúde do trabalhador.

A PNSTT define princípios, diretrizes e estratégias nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.

Já a Política de Vigilância Nacional em Saúde (PNVS) é um documento norteador do planejamento das ações de vigilância em saúde nas três esferas de gestão do SUS, caracterizado pela definição das responsabilidades, princípios, diretrizes e estratégias dessa vigilância.

Após todos os debates, o Cisttão terminou com resoluções sobre ações a serem implementadas no campo saúde do trabalhador. Entre elas está a realização da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES), que já teve suas etapas regionais iniciadas. Este evento acontece de 10 a 13 de dezembro, também em Brasília.

Para Maria Edna, o Cisttão foi um encontro potente e norteador, as mesas, os debates e o documento final mostram que precisamos fazer muito, mas que também estamos caminhando. Isso é compromisso com a saúde do trabalhador e da trabalhadora. Agradeço a equipe técnica do DIEESE e do DIESAT, por suas análises e relatórios. A oportunidade que o Sintetel me concedeu de estar nesse encontro representativo e ao CNS por promover esse debate. E não posso deixar de citar que temos uma cartilha de Saúde Mental, construída através de três dos maiores sindicatos de São Paulo, e que orienta e direciona os trabalhadores e trabalhadoras numa rede de assistência à saúde nos municípios da grande São Paulo, mas que existe sempre um local de apoio, pertinho de vocês e em todos os cantos do Brasil.