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8 de março é dia da Mulher de luta!

Neste dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, o SINTETEL homenageia à todas as mulheres aguerridas que, de alguma forma engrossam, a luta por melhor e MAIOR participação feminina em todas as frentes.

A data é sim para celebrar as conquistas e os avanços, mesmo que ainda há muito a se fazer.

Nos últimos anos são frequentes denúncias sobre assédios, violência doméstica, feminicídio, entre outras atrocidades. A sociedade brasileira parte da premissa de que as mulheres são ensinadas para o cuidado, seja com a casa, o marido, ou filhos. Para as que estão inseridas no mercado de trabalho, ainda têm essa dupla jornada, às vezes até tripla, então, é algo que influencia na vida profissional e, inclusive, na atuação política.

Representatividade
Essa, por sua vez, caminha a passos lentos. Considerando que, desde que o Brasil se tornou República, em 1889, o país teve uma única presidente mulher. Apenas oito governadoras eleitas. Na Câmara dos Deputados, só 15% das cadeiras são ocupadas por elas e no Senado, 13%.

Apesar dos avanços legislativos, a luta das mulheres está longe de acabar. É determinante desromantizar a ideia de mulher frágil e construir a visão de mulher forte, capaz de conquistar seus direitos e espaços na vida pública. Garantir a paridade de gênero na política é uma meta.

No mundo sindical, é dia de celebrar os avanços e memorar as lutas que ainda são necessárias para que haja verdadeira e ampla atuação das mulheres.

Ação contra a violência
De acordo com um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram vítimas de feminicídio no ano passado - ou seja, cerca de 1 caso a cada 6 horas a cada. Essa é a realidade da mulher brasileira que, em média nacional, aponta 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres. 

A Lei Maria da Penha cumpre seu papel que é o de garantir as medidas protetivas e obrigar o Estado a proteger as mulheres vítimas dessa violência. Contudo, ainda é ineficiente diante do índice de mortes crescentes.

Diante desse cenário catastrófico, a diretora do SINTETEL, Cristiane Nascimento, sugeriu o Projeto que ‘determina o uso de tornozeleira eletrônica’ por homens que praticam a violência doméstica e que foi entregue para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, em março de 2023. A utilização do equipamento de segurança pode coibir, além da violência, o feminicídio.

Igualdade salarial
No geral o índice de desemprego entre mulheres ainda é superior com relação aos homens. Segundo o DIEESE, no 4º trimestre de 2023, as mulheres representavam a maioria dos desocupados (54,3%).

A lei de igualdade salarial, além de objetivar um ambiente mais democrático e um avanço nas normas coletivas de trabalho, busca amenizar as barreiras que dificultam a inserção das mulheres no mercado de trabalho, como: taxas de desemprego mais altas, menores salários, dupla jornada, maternidade e carreira, assédio, dificuldades de crescimento profissional e maior informalidade. A lei buscou criar parâmetros para enfrentar a falta de isonomia de salário entre homens e mulheres.
A legislação que assegura a igualdade salarial entre mulheres e homens, Lei n° 14.611/2023, foi criada com o intuito de corrigir essas lacunas, combater e eliminar as disparidades salariais baseadas em gênero e proporcionar maior segurança para as mulheres.

O SINTETEL acredita que a igualdade é o único caminho possível para uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso ter mais mulheres nos representando para que o olhar feminino tenha mais força.

Hoje é mais um dia para fortalecer a luta pelo fim do assédio, por salário igual, pela representação da mulher na política, empoderamento, ratificação da Convenção 190 e lutar contra diversas formas veladas de repressão feminina.  

Vamos lá, companheiras! Seguimos firmes na luta!